Inglaterra reactiva hospitais de campanha
O número de pessoas hospitalizadas com Covid-19 na Inglaterra é superior ao que se registou durante o confinamento de Março
As autoridades inglesas anunciaram, ontem, a reactivação de três hospitais de campanha que estiveram operacionais na primavera para fazer face ao aumento de casos de Covid-19.
As autoridades sanitárias deviam também apresentar ontem um "sistema de alerta" que simplifica o conjunto de medidas restritivas aplicadas localmente em Inglaterra.
Com mais de 42.800 mortos e um total de 604 mil infeções, o Reino Unido enfrenta neste momento uma "nova vaga" de contaminações.
O número de pessoas hospitalizadas com Covid-19 na Inglaterra é superior ao que se registou durante o confinamento de Março.
Nas regiões mais afectadas, sobretudo no noroeste inglês, a situação está a dificultar o trabalho nos hospitais que não estão exclusivamente dedicados à pandemia, disseram ontem responsáveis sanitários em conferência de imprensa.
Para garantir o auxílio ao sistema de Saúde, três hospitais de campanha que estiveram montados na primavera receberam ordens de prontidão para poderem vir a internar pacientes "caso seja necessário", disse Stephen Powis, director dos Serviços Médicos para a Inglaterra.
Os hospitais de campanha vão ficar previsivelmente montados no "norte de Inglaterra", mas outros podem vir a ser instalados no Reino Unido, em função da progressão da pandemia.
"Ainda não há tratamento e não há vacina para a Covid-19. Isto quer dizer que, infelizmente, as infecções vão aumentar e o número de mortes vai aumentar", alertou Powis.
O Governo decretou restrições locais para evitar um confinamento geral.
O Primeiro-Ministro, Boris Johnson, reuniu o gabinete de crise e deve pronunciar-se ao princípio da tarde para anunciar as medidas do novo "sistema de alerta" em Inglaterra visto que as outras nações britânicas vão definir, respectivamente, medidas de resposta contra a epidemia global de SARS CoV-2.
A pandemia de Covid-19 já provocou mais de um milhão de mortos e mais de 37,5 milhões de casos de infecção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Nas regiões mais afectadas, sobretudo no noroeste inglês, a situação está a dificultar o trabalho nos hospitais que não estão exclusivamente dedicados à pandemia