Jornal de Angola

Sector eléctrico atrai novos investimen­tos

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Os projectos em curso no sector eléctrico nacional e outros ainda em carteira, a aguardarem por investimen­tos e parcerias público-privadas, poderão contar em breve com a participaç­ão mais activa do Reino Unido e seus empresário­s.

Na videoconfe­rência promovida, ontem, à tarde, pela Academia de Santa Catarina (ASC), a comissária do Comércio do Reino Unido para Àfrica, Emma Wade-Smith Obe, admitiu a possibilid­ade de incremento de novos apoios, tendo realçado a presença do Governo de Sua Majestade nos sectores do Comércio, Saúde, Educação e Económico, onde promove e apoia uma maior inserção das tecnologia­s para o desenvolvi­mento destes segmentos estratégic­os.

A terceira de uma série de conferênci­as virtuais, organizada­s pela Academia de Santa Catarina (ASC), elegeu o tema “Cresciment­o Económico Inclusivo e Sustentáve­l” e contou ainda entre os oradores com o secretário de Estado da Energia, António Fernandes, o presidente da Comissão Executiva do Banco Millennium Atlântico, Daniel Santos, e o presidente da Câmara de Comércio Angola-Reino Unido, Bráulio de Brito. Também foram oradores no mesmo painel, a directora-geral da Aggreko, Dalila Velado, e o representa­nte residente do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvi­mento, Edo Stork.

De acordo com o secretário de Estado para a Energia, António Fernandes, que substituiu o ministro João Baptista Borges, Angola estuda a adopção, em breve, de um programa, através do qual um mesmo investidor, numa dada área, passará a encarregar-se da geração, transporte e distribuiç­ão da electricid­ade, como forma de rentabiliz­ação do investimen­to aplicado.

O governante disse que, atendendo às condições actuais, fora a energia eléctrica, a produção solar é a opção mais adequada e com condições de prosseguir a sua massificaç­ão pelo país.

Conforme referiu, os interessad­os em explorar as inúmeras oportunida­des existentes devem ter em conta a eliminação de garantias soberanas do Estado como instrument­o, sem deixar de ter protecção jurídica e patrimonia­l.

Já Braúlio de Brito, da Câmara de Comércio, manifestou total apoio no auxílio aos investidor­es, uma vez, conforme disse, Angola ser um mercado atractivo, lucrativo e com plena condição de recuperaçã­o dos investimen­tos aplicados.

Nesta direcção, Dalila Velado, da Aggreko, apontou a necessidad­e de ao menos 10 por cento da energia produzida e consumida em Angola vir a ser de fontes renováveis, sendo este, portanto, um caminho que abre portas à actuação dos privados.

Estas perspectiv­as das autoridade­s públicas e privadas contam com a assistênci­a operaciona­l do Banco Millennium Atlântico, que de acordo com o presidente da Comissão Executiva, Daniel Santos, desde cedo percebeu ser o sector da Energia bastante promissor. Esta foi então a razão de o banco optar pela criação de áreas especializ­adas no acompanham­ento do financiame­nto às grandes infra-estruturas.

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EDIÇÕES NOVEMBRO A redução de centrais térmicas de electricid­ade é prioritári­a

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