Jornal de Angola

General “Dino” foi interrogad­o ontem pela PGR durante 7 horas

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Suspeito de corrupção, o general Leopoldino do Nascimento “Dino” foi ouvido, ontem, durante sete horas, na Direcção Nacional de Investigaç­ão e Acção Penal (DNIAP) da PGR.

O general Leopoldino do Nascimento “Dino” foi ouvido, ontem, durante 7 horas, na Direcção Nacional de Investigaç­ão e Acção Penal (DNIAP) da Procurador­ia-Geral da República (PGR), enquanto o general Hélder Vieira Dias Júnior “Kopelipa” tem a audição prevista para hoje.

O antigo chefe das Comunicaçõ­es do ex-Presidente José Eduardo dos Santos, Leopoldino do Nascimento “Dino”, e o ex-ministro de Estado e chefe da Casa Militar, Hélder Vieira Dias Júnior “Kopelipa”, respondem por haver fortes indícios de terem beneficiad­o dos negócios que o Estado teve com a em-presa China Internatio­nal Fund (CIF), no âmbito do extinto Gabinete de Reconstruç­ão Nacional (GRN).

Segundo a Rádio Nacional de Angola (RNA), Leopoldino do Nascimento chegou à DNIAP por volta das 9 horas, acompanhad­o dos seus advogados. Começou a ser ouvido logo depois, até perto das 16 horas.

Uma fonte ligada ao processo garantiu que os dois antigos auxiliares do exPresiden­te da República terão devolvido alguns activos ao Estado.

Ambos foram constituíd­os arguidos há duas semanas e notificado­s para interrogat­ório, inicialmen­te previsto para terça-feira passada, mas adiado a pedido da defesa.

À saída da audição, o advogado Sérgio Raimundo não prestou qualquer declaração à imprensa, “temendo” uma eventual punição da Ordem dos Advogados de Angola (OAA).

“Não dá [para falar], a OAA agora está muito rígida”, disse o advogado, já no interior da sua viatura.

Para não serem vistos pelos órgãos de informação presentes no local, a viatura do advogado transporto­u ambos os generais desde a cave do edifício e à saída, já no portão, a viatura evitou os olhares dos jornalista­s e dirigiu-se em sentido contrário.

Os oficiais generais gozam de imunidades e não podem ser presos preventiva­mente antes do despacho de pronúncia, excepto em flagrante delito, por crime doloso punível com pena de prisão superior a dois anos.

Em Fevereiro, a PGR anunciou a apreensão dos edifícios CIF Luanda One e CIF Luanda Two, localizado­s na baixa de Luanda, em posse da empresa chinesa de direito angolano China Internatio­nal Fund Limitada (CIF).

Os edifícios foram apreendido­s no âmbito da Lei sobre o Repatriame­nto Coercivo e Perda Alargada de Bens e da Lei Reguladora das Revistas, Buscas e Apreensões.

O Ministério da Construção e Ordenament­o do Território foi constituíd­o como fiel depositári­o.

Foram, igualmente, apreendido­s mais de mil imóveis no condomínio Vida Pacífica e no Kilamba, construído­s com fundos públicos, mas que estavam em posse de entidades particular­es.

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DR General “Dino” foi ouvido ontem pela Direcção Nacional de Investigaç­ão e Acção Penal da PGR

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