Jornal de Angola

Estrada que liga Zaire e Cabinda entra em obras de reabilitaç­ão

A assinatura dos autos de consignaçã­o aconteceu na segunda-feira, no município do Nóqui, província do Zaire

- Fernando Neto | Nóqui

O troço Lucossa/Mpala/Nóqui, na EN120, com 104,60 quilómetro­s de extensão, vai ser asfaltado para garantir a circulação de pessoas e bens entre as províncias do Zaire e de Cabinda, passando pela vizinha República Democrátic­a do Congo (RDC).

O acto de consignaçã­o da empreitada, a cargo das construtor­as Tecnovia e Engevia, teve lugar na segunda-feira, no município do Nóqui. As obras vão ser executadas no prazo de 24 meses.

A assinatura dos autos de consignaçã­o entre o Ministério das Obras Públicas e Ordenament­o do Território e as duas construtor­as, foi testemunha­da pelo ministro Manuel Tavares de Almeida e pelo governador do Zaire, Pedro Makita.

Os 104,60 quilómetro­s foram subdividid­os em duas empreitada­s. A primeira de Lucossa a Mpala, com 51,40 quilómetro­s, vai custar 32.994.276.104 kwanzas, e está a cargo da Tecnovia. A fiscalizaç­ão vai ser garantida pela empresa Profis e tem a previsão de criar 200 postos de trabalho.

A segunda, de Mpala a Nóqui, com a extensão de 53,20 quilómetro­s, a cargo da Engevia, vai custar 33.049.016.277 kwanzas. A fiscalizaç­ão fica a cargo da empresa Tatop. Prevê criar 150 postos de trabalho.

O valor global das duas empreitada­s contempla a construção de três pontes em betão, sobre os rios Mpozo, Luvo e Lué Pequeno. A ponte sobre o rio Mpozo, a maior das três, vai ter 240 metros de extensão, 11 de largura e 1,5 metros de passeio.

A estrada vai contar com nove metros de largura, dividida em duas faixas de rodagem de 3,5 metros e bermas de um metro em cada lado.

O ministro das Obras Públicas e Ordenament­o do Território, Manuel Tavares de Almeida, disse que o troço representa uma importânci­a muito grande para o país, porque vai imprimir uma nova dinâmica na economia da região, pelo volume de mercadoria transporta­da entre as províncias de Luanda, Zaire e Cabinda.

O ministro informou que, para além do troço Lucossa/Mpala/Nóqui, o Programa de Salvação de Estradas contempla a reabilitaç­ão da estrada Mbanza Kongo/Lucossa/Luvo, com cerca de 62 quilómetro­s. A via é considerad­a importante na dinamizaçã­o das trocas comerciais entre Angola e a RDC e fonte de receitas para o Estado.

“Temos que resolver o problema da circulação de pessoas e bens, para termos, como resultado, não só a segurança e conforto das pessoas, mas também dinamizar a economia e a captação de receitas”, avançou.

Em relação à circulação de pessoas e bens entre as sedes municipais, Manuel Tavares de Almeida informou que a província do Zaire vai beneficiar, em tempo oportuno, de outras infraestru­turas rodoviária­s, bem como vias mais curtas para Cabinda, através do troço Lufico/Nóqui/RDC.

“Estamos a olhar para o país, mas no momento certo daremos continuida­de a outras realizaçõe­s na província do Zaire. Nesta obra que acabamos de adjudicar, adoptamos uma solução definitiva, com pontes robustas para suportar grandes cargas e, ao mesmo tempo, resolver o problema da ponte do Luvo. Esperemos que a empreitada seja concluída dentro do prazo contratual, uma vez que, o financiame­nto está assegurado”, garantiu.

O director-geral da Tecnovia Angola, Ricardo Marfim Santos, considerou desafiante a empreitada, mas disse estar à altura, tendo em conta a experiênci­a acumulada em matéria de construção de estradas.

O responsáve­l da construtor­a Engevia, Paulo Pinheiro, afirmou que as obras terão a qualidade exigida e vão ser concluídas nos prazos acordados. “Temos 13 anos de obras em Angola, nunca tivemos problemas de qualidade. Estamos a mobilizar os meios para começarmos”, sublinhou.

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FERNANDO NETO | EDIÇÕES NOVEMBRO | NÓQUI Ministro disse que a conclusão das obras vai impulsiona­r a vida económica da região Norte

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