Brazzaville quer travar importação do ébola
O Governo congolês procedeu à reforma do plano nacional de resposta às doenças para evitar uma possível importação da epidemia de ébola, a partir da vizinha República Democrática do Congo (RDC).
A medida segue-se ao aparecimento da epidemia, na província do Equador, na RDC, a 1 de Junho, soube, ontem, a PANA, em Brazzaville, junto do Ministério congolês da Saúde e População.
Este plano, que detalha os esforços a realizar, bem como as necessidades em termos de infra-estruturas, pessoal, meios de comunicação e equipamentos, permitirá ao Governo mobilizar recursos por meio de parceiros.
Se a RDC tem até hoje mais de 128 casos, o Congo ainda não registou casos positivos, mas algumas localidades nas províncias de Likouala, Cuvette (Norte) e Plateaux (Centro) permanecem em alerta vermelho devido à proximidade com as localidades vizinhas (Lilanga e Bomongo), na província do Equador.
Esta ameaça é acentuada pelos fluxos de comércio entre as populações que vivem ao longo do corredor fluvial.
Segundo a ministra da Saúde, Jacqueline Lydia Mikolo, esta revisão deverá permitir aos actores preocupados com o combate a esta epidemia rever a sua estratégia, accionando as comissões locais, identificando os espaços para alojar os centros de isolamento, mantendo comunicação com especialistas da RDC e muitos outros.
Estimado em mais de quatro mil milhões de francos CFA (um dólar equivale a cerca de 600 francos CFA), este plano será instalado em três fases, nomeadamente a pré-epidemia, a epidemia e a fase de consolidação.