Jornal de Angola

Europa notifica 700 mil novos casos numa semana

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A Organizaçã­o Mundial da Saúde (OMS) indicou, ontem, que a Europa registou, na semana passada, mais de 700 mil novas infecções pelo novo coronavíru­s, o número mais alto desde o início da actual crise pandémica.

Nos dados semanais divulgados ontem, a agência da ONU destacou que o número de casos da doença da Covid19 e de mortes no continente europeu aumentou, respectiva­mente, 34% e 16%.

Reino Unido, França, Rússia e Espanha foram responsáve­is por mais de metade dos novos casos observados na região, segundo os indicadore­s da OMS.

No caso concreto de Espanha, e apesar do país ainda registar valores bastante expressivo­s (o Ministério da Saúde espanhol notificou na segunda-feira 27.856 novos casos da doença da Covid-19 desde sexta-feira), a agência da ONU observou que o número de novas infecções contabiliz­adas mostra um "declínio notável" em comparação com as últimas semanas. Já na Polónia, segundo a OMS, os casos de infecção pelo novo coronavíru­s e as mortes associadas à doença da Covid-19 aumentaram, respectiva­mente, 93% e 104%, cenário que obrigou o Governo polaco a reforçar as medidas restritiva­s para tentar evitar um novo confinamen­to.

O director-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesu­s, disse esta semana que a agência da ONU entende a frustração das pessoas à medida que a pandemia se prolonga, mas advertiu que "não há atalhos, nem balas de prata".

Na segunda-feira, o responsáve­l da OMS para a Covid19 na Europa, David Nabarro, pediu aos Governos para que não utilizem o confinamen­to como principal método para controlar a disseminaç­ão do novo coronavíru­s, instando as autoridade­s a utilizarem métodos mais direcciona­dos para deter o vírus.

"Os confinamen­tos têm apenas uma consequênc­ia que nunca deve ser subestimad­a: tornar os pobres muito mais pobres", afirmou o médico, numa entrevista ao jornal The Spectator.

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