David Dias quer voltar a brilhar no Girabola
O técnico do Recreativo da Caála, David Dias, quer voltar a brilhar no Girabola, depois da campanha irrepreensível que teve à frente da equipa do Planalto Central na época de 2010, ganha pelo Interclube, em que alcançou um honroso segundo lugar na prova.
Para o efeito, o timoneiro do emblema da província do Huambo que mantém contacto com o conjunto desde quinta-feira última, depois de saído de Luanda, prometeu, em entrevista à Rádio Cinco, um trabalho aturado para a efectivação desse desiderato.
David Dias aguarda, todavia, que a Federação Angolana de Futebol (FAF) sentencie o arranque oficial do Campeonato Nacional da I Divisão para colocar o “preto no branco”.
“Os jogadores estão com quase uma semana e meia de trabalho e daremos continuidade para preparar os embates que vêm aí. Só estamos à espera que a FAF decrete as datas para arrancar o Girabola”, começou por dizer no contacto mantido com a Rádio Cinco.
O treinador do Recreativo da Caála refere, por outro lado, que dado o facto de outros campeonatos estarem já a decorrer, deve-se seguir o mesmo caminho no país.
“Sem desporto, o país não fica bem. Nós precisamos praticar o nosso desporto e dar as nossas alegrias ao povo, porque no fundo no fundo o Girabola faz falta aqui em Angola”, realçou, consciente de que o longo “período de jejum” da maior prova do futebol nacional deve-se à propagação de casos da Covid-19 no país e no mundo.
O Recreativo da Caála, segundo colocado do Girabola 2010, foi a equipa que mais
pontuou na segunda volta desta edição da prova, ao somar 30 pontos em 15 jornadas, mercê de nove triunfos, três empates e igual número de derrotas.
Em consequência da sensacional campanha protagonizada na época, a turma da Caála terminou o campeonato com 55 pontos, “exaequo” com o Interclube, que, no entanto, sagrou-se campeão pelo melhor coeficiente no “goal-average”.
Os polícias, sublinhe-se, na altura orientados pelo português Álvaro Magalhães, atingiam, assim, o segundo título do seu historial na prova, depois do primeiro em 2007, quando eram orientados pelo brasileiro Carlos Mozer.
Em termos gerais, o Interclube, com 17 triunfos, Caála (16), Petro de Luanda e 1º de Agosto, ambos com 14, foram as equipas que mais vezes venceram no Girabola 2010.
Já o Clube Desportivo da Huíla (CDH), Sagrada Esperança da Lunda Norte, Santos FC, FC de Cabinda (todos com oito vitórias), assim como o Sporting de Cabinda (7) e o Benfica do Lubango (5) foram as que menos triunfos conseguiram.
Vale sublinhar que no Girabola 2019/20, anulado à passagem da 25ª jornada, o Recreativo da Caála quedou-se na 10ª posição com 27 pontos, mercê de oito vitórias, três empates e 11 derrotas, tendo apontado 16 golos, contra 22 consentidos, o que lhe conferiu, nesse sentido, um saldo negativo de 6.
O Petro de Luanda, por seu turno, somava, à passagem da ronda, 54 pontos, contra 51 do arqui-rival 1º de Agosto, que no entanto tinha um jogo menos nessa época, que foi marcado pelo desistência do 1º de Maio de Benguela.