João Lourenço incentivou a construção de um novo Estado
O arcebispo da Igreja Católica em Saurimo, D.José Manuel Imbamba, considerou que o discurso do Presidente da República sobre o Estado da Nação foi uma retrospectiva sobre problemas candentes nos domínios político, económico, social e cultural, com justificações sobre os insucessos de vários programas inicialmente previstos, reflexo do impacto da crise económica e da pandemia da Covid-19.
D. Imbamba ressaltou que o pronunciamento do Chefe de Estado visou, também, incentivar os cidadãos a evidenciarem dinamismo para ajudar a construir um “Estado novo, assente num paradigma ético, de transparência e de integração de todos”.
O prelado católico entende que João Lourenço procurou dar justificações sobre o “alegado adiamento” das eleições autárquicas, embora reconheça que “por elas passa a resolução de muitos problemas que os cidadãos e comunidades enfrentam”.
O discurso, disse, apontou avanços no domínio da construção de projectos ligados à produção de energia, água e estradas, cuja solidez “impõe o rigor na fiscalização, por muitas destas estarem em execução há mais de 13 anos”.
O discurso, segundo o arcebispo, vai ajudar o cidadão a compreender “que país temos e a necessidade de ser construído com o apoio de todos”. Notou que, por inerência de funções, na repartição de responsabilidades, a fatia maior compete aos detentores do poder e gestores públicos, aos quais compete apresentar os resultados finais aos cidadãos.
Para o superintendente da Igreja Metodista Unida na Lunda-Sul, João Cahilo, o Presidente da República apresentou a realidade do país nos diferentes contextos e apelou à necessidade de cada angolano, sem excepção, assumir o papel de obreiro do desenvolvimento do país.