Os cidadãos, a Covid-19 e as regras sanitárias
Temos assistido nos últimos tempos à violação constante das regras sanitárias destinadas à prevenção e ao combate à pandemia de Covid-19, nomeadamente na cidade capital, situação que tem suscitado a preocupação, não só das autoridades, mas também de cidadãos, que pedem uma maior fiscalização do cumprimento das medidas de biossegurança em vários sectores da vida nacional.
As medidas de biossegurança decretadas pelas autoridades, para nos prevenirmos da Covid-19, destinam-se a proteger vidas humanas, pelo que tudo deve ser feito para travar comportamentos que ponham em causa o trabalho visando evitar o aumento de casos de infecção com o novo coronavírus e mortes.
As imagens de praias cheias que passaram num canal de televisão angolano, numa altura em que estão interditas para banhos, levou muitos cidadãos a reprovar a atitude de muitos dos nossos compatriotas que as frequentam, em desrespeito pela lei, e a exigir que as autoridades tomem medidas necessárias para se pôr fim a esta indisciplina.
As autoridades, em face da gravidade das violações das normas sanitárias de prevenção da Covid-19, não devem condescender com actos lesivos do bem-estar das pessoas.
O Estado tem a grande responsabilidade de, nesta fase de crise sanitária grave, que afecta toda a comunidade, tomar as providências que impeçam que a situação se agrave ainda mais.
Os casos de infecção com o coronavírus estão a aumentar e é importante que os cidadãos tomem disso conhecimento, para se aperceberem da gravidade da situação da pandemia em Angola.
Iniciaram-se as aulas em todo o país, era bom que os professores transmitissem aos alunos informações sobre os procedimentos a seguir em relação ao cumprimento das medidas de biossegurança nos seus bairros.
Sabe-se que os que mais violam as normas de biossegurança são maioritariamente jovens, e havendo estudantes entre estes jovens, nada melhor do que levar as escolas a realizar campanhas de sensibilização para que muitos desses compatriotas deixem de ter comportamentos que possam prejudicar o combate à Covid-19 no país.
Sendo milhares os estudantes que regressam às aulas, é possível fazer com que um número significativo de angolanos acatem, por via da sensibilização nos estabelecimentos de ensino, as medidas de biossegurança, em particular em Luanda, onde se assiste a um maior número de actos de violação das regras sanitárias.
Que todos os angolanos tomem boa nota do apelo da Comissão Multissectorial de Prevenção e Combate à Covid-19 para que todos os cidadãos observem as medidas de protecção individual e colectiva orientadas pelas autoridades, no interesse de toda a Nação, nestes momentos difíceis da nossa vida nacional, em que todos temos o dever de contribuir para se pôr fim à crise sanitária.