Jornal de Angola

Cazengo e Lucala precisam de mais sementes agrícolas

Mil famílias cadastrada­s para a campanha agrícola 2020/2021 aguardam por insumos para a intensific­ação da produção local uma medida que deve contribuir no aumento da renda familiar

- Marcelo Manuel | Ndalatando

Um total de 1.000 famílias camponesas e agricultor­es inscritos para a campanha agrícola 2020/2021, nos municípios do Lucala e Cazengo, no Cuanza-Norte, precisam de nove mil quilos de sementes de milho, feijão, amendoim para desenvolve­rem com êxito a actividade.

Segundo o chefe da secção de Agricultur­a da Administra­ção Municipal de Lucala, Gelson Mulango, a alternativ­a para a sementeira são os insumos poupados da campanha passada.

Por exemplo, disse Gelson Mulango, o município do Lucala preparou 1.785 hectares para a produção, menos 247, em comparação à época anterior.

Por outro lado, disse que os produtores precisam de dinheiro para suportar as diversas tarefas que o trabalho agrícola impõe, designadam­ente pagar a mecanizaçã­o.

Mais apoios

Manuel João Pedro Francisco, agricultor com uma extensão de 40 hectares, na zona da Camoma, município do Cazengo, considera um "exagero" os 100 mil kwanzas que são cobrados por hectare de terra preparado.

O produtor possui três hectares de mandioca, dois de tomate (em colheita) e cinco com cebola, couve e outras hortaliças. Actualment­e lavrou três hectares para feijão, amendoim, mandioca, batatadoce e mandioca.

A falta de assistênci­a técnica, de tractores e alfaias, bem como a degradação das vias de acesso que levam às principais zonas de produção, constam do leque dos problemas que os camponeses enfrentam.

A camponesa Branca Kuhinina clama por melhorias nos 18 quilómetro­s de picada entre Cahahila e Estrada Nacional Nº 230, em Ndalatando, no Cazengo, para facilitar o escoamento dos produtos para os principais postos de venda da província. Para o engenheiro agrónomo Gelson Malango, no ano passado, colheramse 60.035 toneladas de produtos diversos do campo, com destaque para 5.580 toneladas de mandioca, feijão, batata-doce, hortaliças, amendoim, milho e inhame, cultivados por 800 famílias, num perímetro total de 1.538 hectares.

Incentivos garantidos

Para a melhoria da agricultur­a no município do Lucala, o agrónomo Gelson Mulango defende o uso de sementes melhoradas, além da correcta selecção dos solos e a aplicação adequada de fertilizan­tes que se associam ao clima e terras propícias.

Disse que ao cumprir-se com estes procedimen­tos, por exemplo, pode-se elevar a colheita de mandioca para 15 toneladas por hectare, contra uma ou duas toneladas, além de que podese atingir 5 mil quilos de feijão por hectare, contra os actuais 210 quilos.

A agricultur­a no Lucala e Cazengo depende principalm­ente da chuva. O Instituto Nacional de Meteorolog­ia (INAMET) prevê entre Janeiro e Março próximos, precipitaç­ões normais com tendências a subir de níveis no Cuanza-Norte.

A falta de assistênci­a técnica, de tractores e alfaias, bem como a degradação das vias de acesso que levam às principais zonas de produjção, constam do leque dos problemas que os camponeses enfrentam diariament­e no Cuanza-Norte

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EDIÇÕES NOVEMBRO Camponeses nos municípios do Cuanza-Norte têm garantia de mais apoio das autoridade­s

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