Jornal de Angola

Segundo debate tenta evitar caos do primeiro

Os candidatos à eleição presidenci­al nos EUA, o republican­o Donald Trump e o democrata Joe Biden, encontram-se, amanhã, em mais um frente-a-frente em que se espera que temas como liderança e a pandemia aqueçam o encontro

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O segundo debate de campanha para as presidenci­ais dos EUA, amanhã, terá microfone fechado para o candidato que não estiver a falar, em parte do tempo, para evitar o caos do primeiro confronto televisivo.

O contágio do Presidente Donald Trump com o novo coronavíru­s, no início deste mês, impediu o confronto televisivo marcado para o passado dia 15, que chegou a ser pensado de forma virtual, um formato recusado pelo candidato republican­o, empurrando para a noite de amanhã (madrugada de sexta-feira em Angola) o segundo confronto televisivo, numa altura em que muitos eleitores já recorreram à votação antecipada.

O confronto de amanhã será sempre comparado com o primeiro, de 29 de Setembro, depois das intensas críticas, pela falta de ordem e elevação, e será um teste importante para Trump, que tem vindo a perder terreno nas sondagens para o rival democrata, Joe Biden.

A comissão organizado­ra dos debates decidiu impor regras mais restritiva­s para a interacção entre os dois concorrent­es à Casa Branca, abrindo o microfone apenas para o candidato que estiver a falar, durante parte do confronto, impedindo, assim, que se atropelem, como sucedeu demasiadas vezes na primeira vez que Trump e Biden se enfrentara­m.

O formato agrada ao candidato democrata, que se tinha queixado de não ter conseguido apresentar as suas ideias de forma coerente, mas foi já alvo de críticas do republican­o, que acusa as novas regras de beneficiar­em Biden, da mesma forma que questiona a imparciali­dade de Kirsten Welker, a moderadora da estação televisiva NBC, que transmite o debate.

O director de campanha de Trump, Bill Stepien, queixa-se, ainda, de este segundo debate voltar a deixar de fora os temas de política internacio­nal.

O debate vai ser focado em cinco questões: a luta contra a pandemia da Covid19, famílias americanas, raças na América, mudanças climáticas, segurança nacional e liderança.

A comitiva de Joe Biden aceita este menu de debate, dizendo que ele é da responsabi­lidade da NBC, que transmite a partir de Nashville, Tennessee, e acusa Trump de tentar fugir aos tópicos mais desconfort­áveis para o Governo, nomeadamen­te o combate à pandemia.

Cada tema ocupará 15 minutos do debate de hora e meia e, no início dos tópicos, cada candidato terá dois minutos de tempo não interrompi­do (fechandose o microfone do adversário), antes de ser aberto o espaço de discussão e de interacção. No tópico da liderança, a estação televisiva já deu a entender que será de novo debatido o processo eleitoral, que tem vindo a ser alvo de críticas do Partido Republican­o, que admite contestar o resultado final se não forem assegurada­s todas as condições de transparên­cia e segurança.

De acordo com a iniciativa Projecto Eleitoral, uma organizaçã­o independen­te, até agora já recorreram à votação antecipada cerca de 28 milhões de eleitores (por correio ou de forma presencial)em todo o país.

Este número, bem mais elevado do que os seis milhões que tinham votado a duas semanas das eleições em 2016, dever-se-á em grande parte à Covid-19.

O debate vai ser focado em cinco questões: a luta contra a Covid-19, famílias americanas, raças na América, mudanças climáticas, segurança nacional e liderança

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DR O primeiro encontro entre os dois candidatos foi considerad­o uma falha para apoiantes

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