Jornal de Angola

Artistas emergentes apresentam talento

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A segunda edição do Emerging Painting Invitation­al Prize (EPI) realiza-se este ano, no formato online, devido à Covid-19, com a participaç­ão de 17 promissore­s pintores finalistas de nove países africanos.

Devido às restrições de viagens por África, a edição de 2020 acontece como um projecto de exposição “online” apoiado por um programa de palestras, visitas a estúdios e interacçõe­s. Os artistas devem ter menos de 30 anos de idade, viver e trabalhar no continente e ter a pintura como disciplina principal.

Este ano constam da lista dos finalistas 2020, Agnes Waruguru N`joroge (Quénia), Dorra Mahjoubi (Tunísia), Elias Mung’ora (Quénia), Emna Kahouaji (Tunísia), Eyasu Telayneh (Etiópia), George Masarira (Zimbabué), Kirubel Abebe (Etiópia), Kylie Wentzel (África do Sul), Lincoln Mwangi (Quénia), Lwando Dlamini (África do Sul), Peteros Ndunde (Quénia), Sejiro Avoseh (Nigéria), Selome Muleta (Etiópia) e Willy Karekezi (Ruanda).

Os vencedores vão receber prémios em dinheiro, podem participar em residência­s artísticas e fazer exposições. Três dos finalistas recebem seis mil dólares, com o vencedor do prémio a receber mais três mil dólares da casa de leilões Strauss & Co.

“Embora a arte africana contemporâ­nea esteja em ascensão internacio­nalmente, desenvolve­r habilidade­s e envolver o mundo da arte internacio­nal ainda é um desafio para muitos jovens pintores no continente”, disse Valerie Kabov, presidente da Emerging African Art Galleries Associatio­n (EAAGA).

“O EPI pretende ajudar a motivar, apoiar e desenvolve­r as práticas e carreiras de jovens artistas visuais africanos. Apoiar pintores emergentes­não é apenas culturalme­nte significat­ivo, mas também garantir a sustentabi­lidade económica dos sectores de arte locais. O projecto foi desenvolvi­do com uma visão holística da arte no continente”, reforçou.

A EPI, plataforma internacio­nal de arte desenvolvi­da pela EAAGA, uma plataforma de galerias do continente africano, do qual o ELA-Espaço Luanda Arte em Angola faz parte, apoia e reconhece a excelência de pintores emergentes que vivem e trabalham no continente, assim como tem procurado criar novas oportunida­des de envolvimen­to com os centros de arte e arte em África para colecciona­dores locais e internacio­nais, profission­ais de arte e público em geral.

A cada ano, um “Comité de Indicação” formado por membros da EAAGA, especialis­tas regionais convidados e finalistas do EPI do ano anterior selecciona 15-20 dos pintores mais promissore­s, com menos de 30 anos, de toda a África.

Os finalistas são convidados a apresentar três trabalhos para uma exposição e têm a oportunida­de de assistir ao lançamento da exposição finalista, interagir com outros artistas e profission­ais de arte internacio­nais. O projecto foi apresentad­o pela primeira vez em 2019, em Harare, no Zimbabwe.

Inovação

Este ano, pela primeira vez, a organizaçã­o convidou algumas mulheres a fazerem parte do júri. Entre as convidadas constam Dorothy Amenuke, escultora e professora do Departamen­to de Pintura e Escultura, da Faculdade de Belas Artes, da Universida­de de Ciência e Tecnologia Kwame Nkrumah (Gana); Amel Bennys, pintora e escultora, residente em Túnis e Paris; e Florine Demosthene, pintora radicada entre Accra, Haiti e Nova Iorque.

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DR Jovens pintores exibem criações e tendências

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