Mulher rural defende a promoção da agricultura
As mulheres rurais do município do Icolo e Bengo, província de Luanda, solicitaram, ontem, mais acções formativas sobre boas práticas da agricultura, de modo a melhorar e promover o desenvolvimento na produção agrícola e o escoamento dos produtos.
O apelo foi feito no acto da abertura da Jornada da Mulher Rural, que decorreu em todo o país, até 31deste mês. A actividade, uma promoção da Direcção Nacional de Políticas Familiares e Igualdade de Género, serviu para auscultar as principais preocupações desta camada da sociedade do município de Icolo e Bengo.
Sob o lema “Empoderar a Mulher Rural é promover o desenvolvimento local e diversificação da economia”, as mulheres de Icolo e Bengo apontaram a degradação das vias como a principal dificuldade para o escoamento dos produtos do campo para os principais mercados.
Em resposta, a directora Nacional das Políticas Familiares e Igualdade de Género, Santa Ernesto, disse que a mulher rural ocupa um lugar importante na sociedade e, por isso, deve ser valorizada, mesmo que não tenha formação, pelo facto de 40 por cento destas estarem em plena actividade com uma produção de 80 por cento no país.
Santa Ernesto considera que para se atingir tal meta requer investimento, reformas legais, políticas de inclusão das mulheres rurais nas decisões que afectam as suas vidas, no bem-estar, meios de subsistência e resiliência das mulheres rurais.
A responsável do MASFAMU disse que as mulheres rurais representam a metade da população e, por isso, são consideradas importantes na busca diária de soluções, no que diz respeito à energia, produção de alimentos, educação e gestão de recursos.
O vice-governador de Luanda para o sector Económico, Lino Sebastião, pediu união entre as cooperativas e aconselhou as mulheres camponesas no meio rural da província a organizaremse para obterem melhor benefício dos apoios do Governo.
Já a representante das mulheres rurais no município de Icolo e Bengo, Margarida Solinga, também vencedora do prémio da mulher de mérito municipal, disse que no ano passado existia na localidade 300 associações e ONG que acabaram por desaparecer com o fim do projecto de emergência.
A feira da mulher rural no município de Icolo e Bengo contou com seis cooperativas, com destaque para Kakaluca (Quissama), Agrícola Paciência (Quiminha), Agrícola Pecuária dos Camponeses Cambembeia (Cassoneca), Agrícola e Pecuária Nema Kiocamba (Cassoneca), Agropecuária e Avícola dos Sacrifícios e a Agroactivo (Catete).