Soluções para salvar perdas
O primeiro
semestre do ano em curso continua a ser o período mais negro da história da Carnival, a maior operadora de cruzeiros do mundo, que além de anunciar um prejuízo gigantesco de 4,4 bilhões de dólares norteamericanos no segundo trimestre de 2020, colocou desde o mês de Junho, a venda parte das suas embarcações.
A declaração de prejuízos da maior operadora de cruzeiros do mundo é a prova de um negócio milionário que foi fortemente afectado pela pandemia, que colocou a maior parte das frotas de navios de empresas atracadas, dada a ausência de clientes, que baixou drasticamente à procura mundial.
A estratégia de venda, embora a empresa não revelou no seu site oficial o quanto vai cobrar por cada embarcação, é encarada como forma de equilibrar as contas, cujos dados apontam para gastos em administração e manutenção de navios atracados na ordem dos 250 milhões de dólares por mês.
Cenário incerto
De acordo com a operadora, a situação da Covid-19 piorou o cenário do turismo marítimo internacional, que continua incerto sem uma possível estabilização do mercado nos próximos seis meses.
“Quanto mais longa for a pausa nas operações com hóspedes, maior será o impacto na liquidez e na posição financeira da empresa”, lê-se no último relatório financeiro da empresa norte-americana.
Apesar de a empresa ter criado uma estratégia para aliciar os clientes com a possibilidade de remarcação das suas reservas, 50 por cento solicitou o reembolso do dinheiro.
De acordo com a multinacional norte-americana, embora o mercado mostre sinais de uma ligeira melhoria nas últimas semanas, o número de novas reservas feitas em Maio para cruzeiros em 2021 caíram em comparação com o ano passado, uma realidade que faz antever um ano difícil para o sector.
Empresas de renome internacional como a Royal Caribbean International, Disney Cruise Line, Azamara Club Cruises, Oceania Cruises,RegentSevenSeasCruises, Silversea, Crystal Cruises, Norwegian Cruise Line, Cunard Line e a Seabourn, companhias que já foram classificadas as melhores do mundo, vivem hoje uma situação difícil, de incerteza para os próximos meses.
O alastramento do novo coronavírus pelo mundo fez com que o sector de turismo marítimo entrasse em colapso total, principalmentedepoisquemuitosnavios, incluindo alguns pertencentes à PrincessCruisesedaCarnival,notificaraminfectadosabordo,levando a que muitas entidades sanitárias declarassem esses locais como focos de contaminação.
A nível global existem cerca de 21 mil funcionários retidos em quarentena, em 49 navios diferentes, que ainda não conseguiram atracar devido às restrições impostas pelos governos.