Sopro de esperança
A maioria dos luandenses sentiu, na quarta-feira, um sopro de esperança ao serem-lhe prometidas medidas destinadas a reduzir a bagunça em que se transformou a capital, designadamente o trânsito rodoviário e de peões.
A promessa, feita pelo director-geral do Instituto de Estradas de Angola (INEA), quando falava sobre uma proposta do Novo Plano Rodoviário de Angola, inclui o fim da “anarquia que se vê na cidade” de Luanda.
Morales de Abril, ainda sobre a capital,” lamentou que haja, “espalhados pela cidade”, -muitos deles “sem critério” - dispositivos destinados a obrigar “os condutores a reduzirem a velocidade e a compatibilizar os automóveis” com os direitos dos transeuntes.
O que o responsável pelo INEA disse foi, no fundo, aquilo que o luandense comum sabe, mas foi bom ouvi-lo, até pelas funções que exerce, comungar a ideia com quantos estão obrigados a conviver, diariamente, com “a anarquia que se vê na cidade”. E que tende a aumentar se não forem tomadas medidas impeditivas, por exemplo, da colocação, “sem critério”, de dispositivos que deviam facilitar a circulação de automobilistas e peões ao invés de a complicar, como sucede.
A promessa está feita. Ao luandense comum resta aguardar, com esperança acautelada - “gato escaldado de água fria tem medo”-, que as palavras se transformem em actos e não sejam mais umas levadas pelo vento das intenções. Até porque o êxito da iniciativa, quando concretizada, também se deve, entre outras entidades, àquela que tem a responsabilidade de fazer cumprir as obrigações de automobilistas, motociclistas e pedestres. E aí é que, muitas vezes, “a porca torce o rabo”.