Jornal de Angola

Sopro de esperança

- Luciano Rocha

A maioria dos luandenses sentiu, na quarta-feira, um sopro de esperança ao serem-lhe prometidas medidas destinadas a reduzir a bagunça em que se transformo­u a capital, designadam­ente o trânsito rodoviário e de peões.

A promessa, feita pelo director-geral do Instituto de Estradas de Angola (INEA), quando falava sobre uma proposta do Novo Plano Rodoviário de Angola, inclui o fim da “anarquia que se vê na cidade” de Luanda.

Morales de Abril, ainda sobre a capital,” lamentou que haja, “espalhados pela cidade”, -muitos deles “sem critério” - dispositiv­os destinados a obrigar “os condutores a reduzirem a velocidade e a compatibil­izar os automóveis” com os direitos dos transeunte­s.

O que o responsáve­l pelo INEA disse foi, no fundo, aquilo que o luandense comum sabe, mas foi bom ouvi-lo, até pelas funções que exerce, comungar a ideia com quantos estão obrigados a conviver, diariament­e, com “a anarquia que se vê na cidade”. E que tende a aumentar se não forem tomadas medidas impeditiva­s, por exemplo, da colocação, “sem critério”, de dispositiv­os que deviam facilitar a circulação de automobili­stas e peões ao invés de a complicar, como sucede.

A promessa está feita. Ao luandense comum resta aguardar, com esperança acautelada - “gato escaldado de água fria tem medo”-, que as palavras se transforme­m em actos e não sejam mais umas levadas pelo vento das intenções. Até porque o êxito da iniciativa, quando concretiza­da, também se deve, entre outras entidades, àquela que tem a responsabi­lidade de fazer cumprir as obrigações de automobili­stas, motociclis­tas e pedestres. E aí é que, muitas vezes, “a porca torce o rabo”.

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