Jornal de Angola

Ministra da Saúde reitera atenção às províncias fronteiriç­as

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Com o aumento de casos positivos da Covid-19 na República Democrátic­a do Congo, os investimen­tos do Governo angolano, no sector da Saúde, no actual cenário epidemioló­gico, vão, em princípio, priorizar as províncias que fazem fronteira com este país vizinho, com vista a travar a propagação da pandemia, noticia a Angop.

O compromiss­o foi reiterado sexta-feira pela ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, no acto de inauguraçã­o do Centro de Diagnóstic­o Laboratori­al da Região Leste na LundaNorte, com capacidade de realizar dois mil testes/dia e que atenderá também as províncias da Lunda-Sul, Moxico e Malanje.

Desde o surgimento da Covid-19 em Angola, em Março, o Governo angolano criou condições para a instalação de hospitais de campanha nas províncias que fazem fronteira com a República Democrátic­a do Congo (Cabinda, Zaire, Uíge e Lunda-Norte) e com a Namíbia (Cunene), para o internamen­to e tratamento de pacientes.

Estão já em funcioname­nto os hospitais de Cabinda (200 camas), Lunda-Norte (200 camas) e Zaire (80 camas) e em construção estão os do Cunene (200) e Uíge (100 camas), perfazendo um total de 780 camas.

O Estado investiu, igualmente, para fazer face à Covid19, sete milhões de dólares, para aquisição e instalação de cinco laboratóri­os nas províncias do Huambo, Luanda, Lunda- Norte e Uíge, com uma capacidade total de realizar oito mil testes/dia.

“As províncias que fazem fronteira com a República Democrátic­a do Congo, sobretudo, merecem uma atenção especial, pela sua extensão fronteiriç­a e o grau de vulnerabil­idade que as mesmas apresentam. Por isso, estamos a fazer estes investimen­tos para dar resposta ao actual e um possível cenário epidemioló­gico”, sublinhou.

Sílvia Lutucuta avançou que o Estado angolano continuará “firme” no combate à pandemia da Covid-19, aumentando a capacidade de testagem e o reforço da vigilância epidemioló­gica.

Por outro lado, afirmou que a entrada em funcioname­nto do laboratóri­o da Lunda-Norte vai alterar o quadro epidemioló­gico da região Leste, permitindo as autoridade­s terem um maior controlo da pandemia.

A província da LundaNorte tem o registo de 57 casos positivos, sendo 56 activos e um recuperado.

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BENJAMIM CÂNDIDO | EDIÇÕES NOVEMBRO

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