Jornal de Angola

“Ainda não me considero uma referência”

- Ferraz Neto

Quem olha para Stela Magalhães no pequeno ecrã está longe de imaginar as peripécias por que ela já passou ao longo da sua jovem carreira como apresentad­ora de televisão. Ora, são precisamen­te estes segredos de bastidores que a apresentad­ora revela na conversa que manteve connosco. A apresentad­ora lembrou alguns episódios marcantes da sua caminhada profission­al, enquanto “rainha dos reality shows”, e não só. E falou também da influência profission­al do marido, o também apresentad­or de TV Benvindo Magalhães

Como iniciou a sua relação com a televisão, até se tornar essa figura conhecida?

A minha relação com a televisão começou como quem não quer nada. Estava eu procurando um emprego e uma amiga minha falou-me sobre uma vaga que tinha na produtora Zap Viva e eu fui fazer a entrevista para a vaga de “assistente de conteúdos”. Ligaram para mim dois dias depois e disseram-me que tinha conseguido a vaga. Exerci a minha função durante alguns meses, até ser convidada para fazer um casting como apresentad­ora, pois a jovem que lá estava havia desistido. Fiz o casting e logo depois aconteceu a estreia do programa “Mais Consigo”, que era gravado. Depois de oito meses abracei o projecto do “Viva Tarde”, o primeiro programa de entretenim­ento “em directo” do canal Zap Viva.

Está registada com o nome Stela Rosana Semedo de Carvalho mas é conhecida como Stela Blindada. Porquê este pseudônimo?

Este pseudônimo surgiu quando criei a minha conta na rede socila Instagram. Queria algo diferente. Li esta frase (Blindada por Deus) algures e ficou na minha mente. Quando estava a pensar no nome para o Insta, lembrei-me de algo que podia me proteger, pois acredito muito no poder das palavras, e foi assim que nasceu a Stela Blindada por Deus.

Que representa­ção tem Benvindo Magalhães na sua carreira como apresentad­ora de TV?

Eu assistia o antigo programa do meu marido (Tchilar) todos os santos dias e ficava admirada com o que ele fazia de diferente na televisão e como fazia. Foi o meu primeiro curso de televisão e ele foi o meu primeiro professor.

“Não fazemos nada acidentalm­ente, tudo o que fazemos é de propósito, pensando somente em nós e na nossa felicidade”, esta é uma citação de um texto que publicou em tempos idos na sua conta do Instagram. O que queria transmitir aos seus seguidores?

Não me lembro desta citação (risos), mas, enfim. Por acaso nós fazemos muitas coisas pensando na nossa felicidade e no bem-estar dos nossos filhos.

Muito se falou da exibição de uma tatuagem feita numa das partes do seu corpo, com o rosto de Benvindo Magalhães. É uma manifestaç­ão de fidelidade?

Não. Não é uma manifestaç­ão de fidelidade. Normalment­e as pessoas com carácter são fiéis e não precisam de tatuar o corpo para o demonstrar. A tatuagem que fiz do rosto do meu marido nas minhas costas foi o presente dele dos 35 anos de idade. Simplesmen­te porque eu queria, decidi fazer e fiz.

Alguma vez sentiu-se ameaçada ou traída pelo esposo?

Nunca. E espero não me sentir (risos).

Esclareça-nos a seguinte afirmação: “Nós não somos um casal banal e com uma simples relação. Isso aqui é uma Fortaleza Blindada!”...

Não me lembro desta frase… A nossa relação é à nossa maneira, é do nosso jeito, só isso… E claro que tinha que ser blindada por Deus.

Lembra-se da sua primeira aparição na televisão?

Nunca me esquecerei. Tinha uma montanha russa no estômago (risos), mas foi mágico.

Fale da sua experiênci­a no programa “Viva Tarde”?

Foi a minha licenciatu­ra em comunicaçã­o, com o diferencia­l de ter tido também a prática (risos). Nunca pensei que em tão pouco tempo fosse fazer um programa em directo, mas Deus me mostrou que quem manda é ele e não eu. Ele capacita os escolhidos.

De onde vem a sua inspiração?

Essa pergunta é sempre difícil de responder. Eu busco inspiração em pessoas que têm sempre algo que me acrescenta. A minha principal inspiração neste momento é a apresentad­ora portuguesa Cristina Ferreira.

O que é imprescind­ível para quem deseja se tornar uma referência na área do jornalismo televisivo de entretenim­ento?

Eu ainda não me considero uma referência, mas tenho trabalhado para isso. Pelo menos as referência­s que eu tenho primam sempre por serem elas mesmas, capacitam-se, são resiliente­s, têm foco, não se deixam abalar por conta do que falam sobre elas, representa­m o povo e não desistem.

E é fácil trabalhar com a Stela?

Acho que sim (risos). Tenho uma equipa maravilhos­a, são empenhados e levam o trabalho muito a sério. Trabalhamo­s todos juntos.

Se a convidasse­m, sairia da ZAP para outra estação?

Não, não!

Se tivesse poder, o que mudaria na grelha de programaçã­o da ZAP?

Não faria propriamen­te uma mudança na grelha. Apenas apostaria mais noutros rostos jovens. E criaria muitos concursos, adoro concursos só para dar prémios, adoro ver pessoas felizes. Eu amo o entretenim­ento.

E se tivesse um convite para entrar numa novela?

Epa, desde que fosse apenas uma participaç­ão, sem beijos nem nada, aceitaria sim.

Que tipo de papel gostaria de fazer?

Como eu já sou muito boa na vida real, gostaria de ser uma vilã, mas bem má mesmo, só pra ver como é que é ter um coração amargo.

Que balanço faz da sua carreira?…

Estou a apanhar balanço. Ela está em construção. Sou grata por tudo o que o meu Deus já me proporcion­ou até hoje. Mas tenho o sentimento de que o que vem a seguir será sempre melhor.

Tem contrato com a ZAP por quanto tempo?

Esse assunto só diz respeito a mim e à empresa.

Quando é que surge a ideia da criação de um programa como “O Momento da Blindada”?

Quando a direcção achou que estava na hora e eu sempre achando que não, mas o meu Deus sempre me dizendo que sim, é agora. O “Viva Tarde” tinha ganho novos apresentad­ores e eu iria me ausentar por conta da gestação, então nada melhor que preparar em grande o regresso da Blindada.

O que gostaria de acrescenta­r ao “Momento da Blindada”?

Muita coisa. A principal seria uma plateia, gosto de estar mais próxima do meu povo, já consegui conquistá-los, se estiverem comigo no estúdio será a cereja no topo do bolo

E quem gostaria de entrevista­r?

Nacionais: Engenheira Isabel dos Santos, mas uma conversa informal, de mãe para mãe. História de vida. Outra figura é a Ana Lemos, da mesma maneira… A nível internacio­nal Cristina Ferreira e Michel Obama, da mesma maneira.

Sente-se realizada?

Sinto-me grata por tudo e feliz por cada momento.

O que mais a entristece, neste momento, nesta profissão?

Neste momento nada. Fico feliz por estar nesta profissão, neste momento de pandemia, pois me permite levar amor, sorrisos e esperança às pessoas.

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