Ofensiva militar causa alarme internacional
contra Mekele alarmou a comunidade internacional. O Governo de Abiy disse que teria o cuidado de evitar atingir civis no combate com tanques de guerra. Enquanto as forças etíopes avançavam, o major-general Hassan Ibrahim prometeu controlar a cidade “em todas as frentes”.
“É possível que algumas das pessoas procuradas possam ir ter com as suas famílias em áreas vizinhas e tentar esconder-se durante alguns dias. Mas as nossas forças armadas, depois de tomarem o controlo da cidade de Mekele, serão encarregadas de caçar e capturar estes criminosos um a um, onde quer que estejam”, afirmou o militar à agência de notícias etíope. A Embaixada dos Estados Unidos na Eritreia advertiu, ontem, que durante a noite foram registadas seis explosões em Asmara, a capital do país aliado da Etiópia, sem explicar motivos e aconselhando os residentes norte-americanos a serem cautelosos.
O anúncio acontece um dia após a Embaixada ter emitido outro alerta de segurança indicando que na noite de 27 de Novembro foi escutado “um forte ruído, possivelmente uma explosão”. A região de Tigray tem estado quase inteiramente isolada do mundo desde o dia 4, quando o Primeiro-Ministro Abiy anunciou uma ofensiva militar em resposta a um ataque da TPLF a uma base militar.
As organizações humanitárias disseram que centenas de pessoas, pelo menos, foram mortas. Os combates ameaçam desestabilizar a Etiópia, que tem sido descrita como o elemento-chave na estratégia do Corno de África.
Com as vias de transporte cortadas, os alimentos e outros abastecimentos estão a esgotar-se em Tigray, região onde habitam seis milhões de pessoas, e as Nações Unidas pediram acesso imediato e sem entraves para a ajuda. Cerca de um milhão de pessoas foram deslocadas na região, disse, ontem, a ONU, numa actualização de números, citando as autoridades locais.