“Vamos viver o resto das nossas vidas com este vírus”
O epidemiologista norte-americano Ian Lipkin afirmou, em entrevista ao “El País”, que o vírus responsável pela Covid-19 “não vai desaparecer”. Diz, no entanto, que, com a vacinação em massa, os níveis de infecção vão cair “drasticamente”. E a partir de 20
preço”, considerou. O responsável pelo Centro de Infeção e Imunidade da Universidade de Columbia, nos EUA, não ajuda só a comunidade científica no combate aos vírus emergentes, mas também a indústria cinematográfica. Foi o que fez com o filme Contágio, cuja história relata o impacto de uma pandemia mundial, muito semelhante ao que estamos a viver na realidade, uma vez que se baseou nos conhecimentos em surtos, como o de ébola.
Mas voltando à vida real, o desafio que este vírus representa impõe mais conhecimento para o combater de forma eficaz. É o que este epidemiologista está a fazer actualmente. Lipkin está a trabalhar, na Universidade da Columbia, num “teste múltiplo” que permite identificar não só o SARS-CoV-2, mas outros. “É o futuro”, explicou.
da Moderna e da Pfizer contra as infecções pelo novo coronavírus.Duas vacinas que vão ser distribuídas na Europa e nos EUA, mas, nos países em desenvolvimento, esta operação de logística será um “desafio assustador”. Para o médico, é necessário que nestas áreas do globo haja vacinas que não precisem de refrigeração.
Com resultados tão animadores, o regresso a uma possível normalidade será possível, mas só com uma determinada taxa de imunidade da população mundial. “A única maneira de voltar ao normal é alcançar imunidade de grupo global. Para isso, entre 60% e 80% da população mundial deve estar imune”, considera Ian Lipkin.
Mas este especialista não acredita que a normalidade que vamos ter com as vacinas será a mesma que tínhamos antes de a Humanidade se deparar com esta pandemia, que já matou mais de um milhão de pessoas em todo o mundo.