Confiança é a chave
Os secretários de Estado para a Economia e Comunicação Social, Mário Caetano João e Nuno Albino “Carnaval”, mostraram-se mais optimistas com o futuro do jornalismo económico, tendo apelado aos recém-eleitos dirigentes da AJECO a necessidade desta especial
Confiança no mercado e confiança no(s) fazedor(es) da informação económica.
Estes dois pilares são essenciais para que a dinâmica actual da economia angolana seja capaz de atrair investidores, estimular a competitividade e impulsionar o progresso, de acordo com o secretário de Estado para a Economia.
Mário Caetano João vê renascer estes sinais com o dinamismo da imprensa económica e aponta, como consequência, um aumento do investimento directo estrangeiro, da produção nacional e do bem-estar da população. Contudo, recomenda que o jornalista saiba valorizar os avanços da economia.
“O jornalismo económico, pela sua natureza, é um instrumento de transformação social que deve impulsionar o progresso, melhorar a compreensão da conjuntura económica, facilitar a tradução e comunicação das informações a serem divulgadas, fazendo uma análise imparcial, emitindo sugestões e esclarecendo a realidade económica do país”, disse.
Tendo consigo o privilégio da história micro e macroeconómica do país, o Ministério da Economia e Planeamento diz-se aberto aos jornalistas de especialidade, para que estes “usem e abusem” da instituição.
Segundo Mário Caetano João, o Ministério pretende ser um parceiro incontornável em matérias económicas, estando sempre disponível para fornecer e esclarecer acções pretéritas, dinâmicas actuais e caminhos futuros.
Para o governante, o jornalista económico deve deixar de procurar a notícia, exclusivamente, como uma mercadoria.
Advoga a necessidade de existir, claramente, uma diferenciação entre opinião e informação divulgada nos órgãos de imprensa, pois os factos económicos devem ser considerados pelos seus aspectos causais e quantitativos, assim como pelas implicações sociopolíticas.
Diplomacia económica
Por sua vez, o secretário de Estado para a Comunicação Social, Nuno Albino “Carnaval”, disse que, numa altura em que o Governo aposta fortemente na diplomacia económica, a imprensa especializada nessa área deve fazer mais.
Segundo disse, é preciso que tal ocorra, pois há a necessidade de se vender a imagem e as oportunidades que o país dispõe.
Reconheceu existirem, até ao momento, poucos jornais e programas de economia nas rádios e televisões, mas que há orientação e incentivo expressos, sobretudo da parte do Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, para que tal quadro se inverta e, em breve, possam surgir mais programas nesse domínio.
“O novo elenco da AJECO surge numa fase em que o país tudo faz para a melhoria do seu ambiente económico, na captação de investimentos e na promoção da imagem e reputação do país no exterior. Tal, não pressupõe narrar inverdades, muito menos mostrar o que não existe. É sim um processo que exige destreza dos que o fazem com profissionalismo e a acutilância dos jovens”, disse.