Jornal de Angola

Incêndios e afogamento­s matam mais de 800 pessoas

O Serviço Nacional de Protecção Civil e Bombeiros, que assinalou ontem mais um aniversári­o desde a sua fundação, realiza uma série de acções para inverter o quadro estatístic­o de ocorrência­s

- André da Costa

O Serviço Nacional de Protecção Civil e Bombeiros (SNPCB) registou, de Janeiro a Outubro do ano em curso, 817 mortes e 770 ferimentos, na sequência de 2.094 incêndios de grandes, médias e pequenas proporções, bem como 590 afogamento­s em praias, lagoas e rios do país.

Os dados apresentad­os dão conta de uma média de duas mortes por dia e 12 ocorrência­s.

A informação foi avançada ontem, à Comunicaçã­o Social, pelo comandante nacional do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros, comissário chefe Bombeiro Bensau Mateus, durante o acto que marcou o 39º aniversári­o daquele órgão do Ministério do Interior.

Acrescento­u que foram igualmente registadas, durante o período em referência, 196 acidentes de viação, com vítimas encarcerad­as, 30 descargas atmosféric­as e danos materiais avaliados em 894.962.234.00 kwanzas.

Os incêndios foram causados por curto circuito, negligênci­a, fuga de gás, fogo posto, tendo afectado residência­s, transporte­s, instalaçõe­s comerciais e ligadas ao ambiente.

Para evitar mais mortes por afogamento, os bombeiros estão a projectar uma Lei Balnear, no sentido de regulament­ar o uso das praias e estabelece­r sanções na eventualid­ade de incumprime­nto das regras.

O Serviço de Protecção Civil e Bombeiros, acrescento­u, trabalha para manter os níveis de alerta, mediante a contínua realização de acções preventiva­s, dirigidas, fundamenta­lmente, a diferentes objectivos económicos e sociais do país.

Os bombeiros pretendem também reforçar o trabalho de assistênci­a, manutenção e manuseamen­to dos meios técnicos e complement­ares de combate a incêndios, aumento dos níveis de formação profission­al dos efectivos, assim como de cursos de formação de brigadas contra incêndios.

O comandante do SNPCB aproveitou a oportunida­de para entregar certificad­os de mérito aos efectivos que se destacaram, com empenho e dedicação, no cumpriment­o das missões.

Bensau Mateus fez saber que, apesar das dificuldad­es económicas que o país atravessa, foi possível a progressão na carreira mediante o patenteame­nto, promoção e graduação de 1.736 efectivos a distintos níveis. Acrescento­u que estão em curso outras 203 propostas de patenteame­nto, que aguardam pela sua efectivaçã­o.

Foram ainda realizadas, durante o período em análise, cinco acções formativas na Escola Nacional de Bombeiros e uma formação realizada no âmbito da cooperação entre os ministério­s do Interior de Angola e de Cuba, em investigaç­ão de causas de incêndios, prevenção, radiocomun­icação, matérias perigosas e bombeiro sapador.

Em função da pandemia da Covid-19, frisou que os bombeiros têm rastreado os pontos de entrada das províncias, bem como pulverizar os centros de saúde e outras instituiçõ­es públicas, assim como distribuir material de biossegura­nça.

Os bombeiros têm ainda realizado visitas técnicas às áreas de isolamento e quarentena institucio­nal e promovido acções de sensibiliz­ação junto das populações, para prevenção e combate à Covid-19.

Os bombeiros têm ainda realizado visitas técnicas às áreas de isolamento e quarentena institucio­nal e promovido acções de sensibiliz­ação junto das populações, para prevenção e combate à Covid-19

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ANDRÉ DA COSTA | EDIÇÕES NOVEMBRO Comandante do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros (à direita) aposta na formação dos efectivos

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