Incêndios e afogamentos matam mais de 800 pessoas
O Serviço Nacional de Protecção Civil e Bombeiros, que assinalou ontem mais um aniversário desde a sua fundação, realiza uma série de acções para inverter o quadro estatístico de ocorrências
O Serviço Nacional de Protecção Civil e Bombeiros (SNPCB) registou, de Janeiro a Outubro do ano em curso, 817 mortes e 770 ferimentos, na sequência de 2.094 incêndios de grandes, médias e pequenas proporções, bem como 590 afogamentos em praias, lagoas e rios do país.
Os dados apresentados dão conta de uma média de duas mortes por dia e 12 ocorrências.
A informação foi avançada ontem, à Comunicação Social, pelo comandante nacional do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros, comissário chefe Bombeiro Bensau Mateus, durante o acto que marcou o 39º aniversário daquele órgão do Ministério do Interior.
Acrescentou que foram igualmente registadas, durante o período em referência, 196 acidentes de viação, com vítimas encarceradas, 30 descargas atmosféricas e danos materiais avaliados em 894.962.234.00 kwanzas.
Os incêndios foram causados por curto circuito, negligência, fuga de gás, fogo posto, tendo afectado residências, transportes, instalações comerciais e ligadas ao ambiente.
Para evitar mais mortes por afogamento, os bombeiros estão a projectar uma Lei Balnear, no sentido de regulamentar o uso das praias e estabelecer sanções na eventualidade de incumprimento das regras.
O Serviço de Protecção Civil e Bombeiros, acrescentou, trabalha para manter os níveis de alerta, mediante a contínua realização de acções preventivas, dirigidas, fundamentalmente, a diferentes objectivos económicos e sociais do país.
Os bombeiros pretendem também reforçar o trabalho de assistência, manutenção e manuseamento dos meios técnicos e complementares de combate a incêndios, aumento dos níveis de formação profissional dos efectivos, assim como de cursos de formação de brigadas contra incêndios.
O comandante do SNPCB aproveitou a oportunidade para entregar certificados de mérito aos efectivos que se destacaram, com empenho e dedicação, no cumprimento das missões.
Bensau Mateus fez saber que, apesar das dificuldades económicas que o país atravessa, foi possível a progressão na carreira mediante o patenteamento, promoção e graduação de 1.736 efectivos a distintos níveis. Acrescentou que estão em curso outras 203 propostas de patenteamento, que aguardam pela sua efectivação.
Foram ainda realizadas, durante o período em análise, cinco acções formativas na Escola Nacional de Bombeiros e uma formação realizada no âmbito da cooperação entre os ministérios do Interior de Angola e de Cuba, em investigação de causas de incêndios, prevenção, radiocomunicação, matérias perigosas e bombeiro sapador.
Em função da pandemia da Covid-19, frisou que os bombeiros têm rastreado os pontos de entrada das províncias, bem como pulverizar os centros de saúde e outras instituições públicas, assim como distribuir material de biossegurança.
Os bombeiros têm ainda realizado visitas técnicas às áreas de isolamento e quarentena institucional e promovido acções de sensibilização junto das populações, para prevenção e combate à Covid-19.
Os bombeiros têm ainda realizado visitas técnicas às áreas de isolamento e quarentena institucional e promovido acções de sensibilização junto das populações, para prevenção e combate à Covid-19