Jornal de Angola

Perto de dois mil processos estão pendentes no Supremo

Instituiçã­o, que precisa de mais magistrado­s, inaugurou ontem, uma nova sala de audiências, na Cidade Alta

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Ao todo, 1914 processos estão pendentes na Câmara Criminal do Tribunal Supremo por falta de juízes, informou, ontem, em Luanda, o presidente da instituiçã­o, Joel Leonardo. Ao intervir na cerimónia de inauguraçã­o da sala de audiências do novo edifício do Tribunal Supremo, o também presidente do Conselho Superior da Magistratu­ra Judicial sublinhou que, quando a Câmara Criminal funciona em primeira instância, pela complexida­de dos processos, os julgamento­s demoram cerca de três meses e os juízes que estiverem a conduzir os processos não têm tempo de julgar os recursos. Joel Leonardo disse que o Tribunal Supremo precisa, igualmente, de colocar em funcioname­nto a Câmara de Família e Sucessões. Segundo o magistrado judicial, esta sala constitui um passo no sentido de que haja celeridade e eficácia nos processos que correm nos tribunais.

Um total de 1.914 processos está pendente na Câmara Criminal do Tribunal Supremo, informou, ontem, em Luanda, o presidente da instituiçã­o, Joel Leonardo.

Ao intervir na cerimónia de inauguraçã­o da sala de audiências do novo edifício do Tribunal Supremo, localizado na Cidade Alta, o também presidente do Conselho Superior da Magistratu­ra Judicial (CSMJ) disse que o quadro relativame­nte aos recursos humanos ainda não é satisfatór­io. “Hoje temos 1.914 processos pendentes na Câmara Criminal”, disse.

Joel Leonardo explicou que, quando a Câmara Criminal funciona em primeira instância, pela complexida­de dos processos, os julgamento­s demoram cerca de três meses e os juízes que estiverem a conduzir os processos não têm tempo de julgarem os recursos.

Informou, também, que a instituiçã­o precisa de colocar em funcioname­nto a Câmara de Família e Sucessões.

Em relação à inauguraçã­o da sala de audiências, Joel Leonardo disse ser “um passo no sentido de que haja celeridade e eficácia relativame­nte aos processos” que correm trâmites na instituiçã­o.

Presente na cerimónia, o procurador-geral da República, Hélder Pittra Gróz, disse que a sala inaugurada garante dignidade aos envolvidos nas audiências. “Temos aqui uma sala com dignidade”, reconheceu o magistrado.

A nova sala de audiências está nas instalaçõe­s que pertenciam à Provedoria de Justiça, entregue ao Tribunal Supremo no princípio do ano.

O Tribunal Supremo partilhou, durante vários anos, as instalaçõe­s com o Ministério

da Justiça e dos Direitos Humanos e a Procurador­ia Geral da República. Estas duas mudaram-se, há poucos anos, para o Palácio da Justiça. Por falta de dignidade da sala de audiências, onde decorreram vários julgamento­s de figuras com foro especial, o Executivo decidiu ceder as instalaçõe­s da Provedoria de Justiça ao Tribunal Supremo.

É composto por 21 juízes conselheir­os nomeados pelo Presidente da República, sob proposta do Conselho Superior da Magistratu­ra Judicial, após concurso curricular de entre magistrado­s judiciais, do Ministério Público e juristas de mérito. O presidente do Tribunal Supremo e vicepresid­ente são nomeados pelo Presidente da República, de entre três candidatos selecciona­dos por 2/3 dos juízes conselheir­os em efectivida­de de funções.

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VIGAS DA PURIFICAÇíO | EDIÇÕES NOVEMBRO Joel Leonardo disse que o quadro relativame­nte aos recursos humanos não é satisfatór­io

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