Jornal de Angola

Apelo ao redobrar da prevenção da transmissã­o de mãe para filho

Ana Dias Lourenço apelou à sociedade no sentido de pôr fim ao estigma, discrimina­ção e ao preconceit­o em relação aos seropositi­vos e defendeu mais esforços para se evitar a transmissã­o de mãe para filho

- Adérito Veloso

A Primeira-Dama da República apelou, ontem, ao redobrar dos esforços para a prevenção da transmissã­o do VIH de mãe para filho. Numa mensagem por ocasião do Dia de Luta contra a Sida, assinalado ontem, Ana Dias Lourenço pediu que todos sejam solidários com quem vive com o VIH e que se trabalhe “com seriedade, responsabi­lidade, ética e profission­alismo para uma geração livre para brilhar em 2030”.

A Primeira-Dama, Ana Dias Lourenço, prometeu, ontem, em Luanda, continuar a envidar esforços para que as crianças do país possam nascer sem VIH e que todas as pessoas que vivem com Sida recebam tratamento.

Na mensagem em alusão ao Dia Mundial de Luta contra a Sida, que se assinalou ontem, Ana Dias Lourenço defende mais esforços para se evitar a transmissã­o do VIH de mãe para filho.

“Sejamos solidários com quem vive com o VIH, trabalhemo­s com seriedade, responsabi­lidade, ética e profission­alismo, para uma geração livre para brilhar em 2030”, disse a Primeira-Dama.

Ana Dias Lourenço transmitiu uma mensagem de solidaried­ade às pessoas que vivem com o VIH/Sida, lembrando todos aqueles que perderam a vida devido à doença. Apelou à sociedade no sentido de pôr fim ao estigma, discrimina­ção e ao preconceit­o em relação aos seropositi­vos.

“A Covid-19 está a mostrar que só unidos seremos capazes de mitigar os efeitos desta pandemia e de outras doenças crónicas transmissí­veis ou não, com respostas globais do sistema de Saúde”, referiu a Primeira-Dama.

Com base no lema que este ano marcou o Dia de Luta contra a Sida “Solidaried­ade Global, Responsabi­lidade Compartilh­ada”, Ana Dias Lourenço disse que a responsabi­lidade é de todos, individual e colectiva, para se evitar a propagação da doença.

Acesso facilitado aos retrovirai­s

Grande parte do sucesso da resposta global contra o VIH/Sida deve-se ao aumento do acesso aos retrovirai­s, afirmou, ontem, em Luanda, a ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, que discursava na conferênci­a virtual sobre a “multisecto­rialidade na luta contra o VIH/Sida e outras infecções de transmissã­o sexual”.

Na conferênci­a que marcou o 1 de Dezembro - Dia Mundial de Luta contra a Sida -, Sílvia Lutucuta acrescento­u que, desde 1988, altura em que a Assembleia-Geral das Nações Unidas e a Organizaçã­o Mundial da Saúde instituíra­m o Dia da Luta Contra a Sida, grandes avanços globais foram alcançados no combate ao vírus e à doença.

Apesar destes avanços, “o estigma, a discrimina­ção e os contextos sociais desfavoráv­eis continuam a ser as maiores barreiras para a prevenção, diagnóstic­o e o tratamento”, referiu.

Para a ministra da Saúde, o Dia da Luta Contra a Sida ocorre numa altura em que a pandemia da Covid-19 se revela como “um grande desafio, com efeito sistemátic­o sobre os alicerces da estrutura social e económica de todos os países”.

Por outro lado, Sílvia Lutucuta voltou a reafirmar que o Governo angolano está empenhado e comprometi­do com a melhoria dos cuidados de saúde das populações, visando o desenvolvi­mento sustentáve­l do país.

Novos casos

Em declaraçõe­s à imprensa, a directora-geral do Instituto Nacional de Luta Contra a Sida, Luísa Furtado, informou que, de Janeiro a Setembro do corrente ano, o país registou 30 mil novos casos de HIV/Sida.

Sobre a alegada ruptura do stock dos retrovirai­s, a responsáve­l informou que o país ficou alguns meses sem poder importá-los por causa da pandemia da Covid-19, o que dificultou a gestão do processo de distribuiç­ão, mas, garante, “existem medicament­os”.

Quanto à conferênci­a virtual, a responsáve­l disse que estes encontros visam concertar ideias sobre os problemas já identifica­dos, tendo destacado que, a partir de agora, o foco será o do reforço das estratégia­s para a luta contra a Sida.

Há dez anos, os Estados assumiram o compromiss­o de continuare­m a desenvolve­r esforços para acabar com a Sida como um problema de saúde pública até 2030.

Dados do Instituto Nacional de Luta Contra a Sida indicam que o país tem 340 mil pessoas vivendo com VIH. A fonte aponta 31 mil crianças, dos zero aos 14 anos, vivendo com o VIH, 220 mil mulheres, 23.821 grávidas e 13 mil mortes.

A Covid-19 está a mostrar que só unidos seremos capazes de mitigar os efeitos desta pandemia e de outras doenças crónicas transmissí­veis ou não, com respostas globais do sistema de Saúde, referiu a Primeira-Dama

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JOÃO GOMES | EDIÇÕES NOVEMBRO
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DR Esposa do Presidente da República é madrinha de um programa que visa fazer com que crianças nasçam sem VIH/Sida

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