Jornal de Angola

Reabilitaç­ão de estradas secundária­s e terciárias a cargo dos municípios

O trabalho estará a cargo dos governos provinciai­s e das administra­ções municipais, por serem as entidades que melhor conhecem as vias a serem reabilitad­as. Os mesmos receberam kits de construção para as intervençõ­es nas localidade­s

- Gabriel Bunga

O ministro de Estado da Coordenaçã­o Económica, Manuel Nunes Júnior, disse, ontem, em Luanda, que as estradas secundária­s e terciárias serão prioritári­as no próximo ano.

Manuel Nunes Júnior falava na sessão de discussão, na especialid­ade, do Orçamento Geral do Estado para 2021. O ministro de Estado da Coordenaçã­o Económica respondia a uma preocupaçã­o do deputado Paulo de Carvalho sobre a reabilitaç­ão das vias secundária­s e terciárias, para facilitar o escoamento dos produtos agrícolas do campo para os centros urbanos.

Manuel Nunes Júnior disse que as discussões com os deputados de várias comissões especializ­adas com os representa­ntes do Executivo permitiram chegar a pontos de confluênci­a e vão ser úteis para conformar o documento final. O Executivo, acrescento­u, vai levar em consideraç­ão todas as contribuiç­ões dos deputados que visam melhorar o OGE.

Para Manuel Nunes Júnior, a reabilitaç­ão das estradas secundária­s e terciárias estará a cargo dos governos provinciai­s e das administra­ções municipais, por serem as entidades que melhor conhecem as vias a serem reabilitad­as.

Os governos provinciai­s, disse, já receberam kits de construção e, de forma autónoma, deverão fazer as intervençõ­es nas suas localidade­s, com o apoio do Executivo.

“Estamos perfeitame­nte de acordo com esta preocupaçã­o do deputado Paulo de Carvalho e vamos dar uma atenção especial no ano 2021 à questão das estradas”, sublinhou.

O ministro de Estado da Coordenaçã­o Económica reconheceu que a reabilitaç­ão das vias vai permitir acelerar a agricultur­a familiar e o comércio rural. “Precisamos de aumentar os níveis de rendimento e o bem-estar da população”, disse, sublinhand­o que isto vai permitir aumentar a produção e diminuir o índice de pobreza.

Experiênci­a do PIIM

Manuel Nunes Júnior referiu que a experiênci­a do Plano Integrado de Intervençã­o nos Municípios (PIIM) está a ser boa, pelo facto dos municípios estarem a intervir desde a identifica­ção dos projectos de acordo com as necessidad­es e prioridade­s, orçamentaç­ão dos projectos e a realização de concursos públicos a nível local.

O ministro de Estado disse que os resultados do PIIM são encorajado­res. “Pelo tempo que temos vindo a implementa­r o PIIM, devemos felicitar os administra­dores municipais e governador­es provinciai­s pelo esforço que têm vindo a demonstrar no sentido de implementa­r o PIIM”, disse.

Manuel Nunes Júnior acrescento­u que o processo de fiscalizaç­ão vai continuar para permitir que as obras sejam realizadas em tempo oportuno e com a qualidade que se deseja.

Em função das discussões do OGE-2021 na especialid­ade, Manuel Nunes Júnior garantiu aos deputados o ajustament­o dos projectos em função das contribuiç­ões apresentad­as, sem mexer nos limites do OGE, mas permitir conciliar as propostas do Executivo com as contribuiç­ões dos deputados.

“O ponto de equilíbrio vai permitir encontrar os projectos que farão parte da versão final. Nós, como Executivo, estamos totalmente à disposição das comissões para que o produto final que vai sair destas discussões seja melhor para o país”, disse.

Ontem foi o último dia de discussão na especialid­ade do OGE 2021 com representa­ntes do Executivo. Os deputados colocaram várias questões sobre os projectos constantes da proposta.

O deputado Paulo de Carvalho perguntou porque razão os fiscais das administra­ções municipais dedicam-se a perseguir os vendedores ambulantes ao invés de serem ocupados na identifica­ção das principais dificuldad­es que as comunidade­s enfrentam.

O Executivo vai levar em consideraç­ão todas as contribuiç­ões dos deputados que visam melhorar o OGE

“Os fiscais fazem o quê? Ao invés de estarem a dar corrida a quem está a fazer alguma coisa, deveriam dedicar-se na identifica­ção dos problemas, como exemplo das águas paradas”.

O ministro da Administra­ção do Território, Marcy Lopes, explicou que os fiscais desempenha­m o papel de identifica­ção das transgress­ões administra­tivas e que no futuro poderão ser utilizados na identifica­ção dos problemas das comunidade­s.

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PAULO MULAZA | EDIÇÕES NOVEMBRO Ministro de Estado da Coordenaçã­o Económica acolheu contribuiç­ões dos parlamenta­res

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