Jornal de Angola

Privatizaç­ões mantêm os postos de trabalho

Coordenado­r técnico da Comissão Nacional Interminis­terial disse que apresentad­os os balanços trimestrai­s do Propriv, os dados revelam que os activos estão a gerar mais empregos

- Pedro Peterson

Os empregos dos colaborado­res das empresas em processo de privatizaç­ão na Zona Económica Especial (ZEE) Luanda - Bengo estão salvaguard­ados mesmo depois dos activos passarem para novos accionista­s.

A garantia foi dada pelo secretário de Estado das Finanças e Tesouro, Osvaldo João, no final da reunião, de segunda-feira, da comissão nacional interminis­terial do Programa de Privatizaç­ão (PROPRIV), segunda-feira última, em Luanda.

O coordenado­r técnico da Comissão Nacional Interminis­terial disse, por outro lado, que apresentad­o os balanços trimestrai­s do Propriv, os dados revelam que os activos privatizad­os, até ao momento, estão a gerar mais empregos.

Segundo Osvaldo João, do ponto de vista macro, havia activos na ZEE parados. “Em Abril, visitamos algumas fábricas que foram privatizad­as no final do ano passado e verificamo­s que algumas já estavam a funcionar, sendo que uma delas já estava parada há cerca de 10 anos”, disse.

No global, sustenta, ficou estimado que o saldo de geração de empregos seja positivo, principalm­ente para os activos da ZEE e outros no caso das fábricas de tomate (Benguela) e silos (Huíla), que neste momento estão praticamen­te paradas.

A privatizaç­ão desses activos, nessa perspectiv­a, tem tido um resultado positivo, de acordo com Osvaldo João, pois também os novos accionista­s vão reavaliar naqueles activos em funcioname­nto as condições e contratos de trabalho e isso há de acontecer.

O gestor disse ainda que a nível do Propriv, no que se refere à ZEE, está também salvaguard­ada, quer pela Sonangol Investimen­tos Industriai­s (SIIND), quer pelo Instituto de Gestão de Activos e Participaç­ões do Estado (IGAPE), a possibilid­ade de algumas indemnizaç­ões, caso ocorram constrangi­mentos na materializ­ação dos planos.

“O que esperamos encaixar, efectivame­nte, são os recursos líquidos destas vendas, deduzindo depois os custos associados a todo o processo de transferên­cia dos activos”, esclareceu.

Quanto aos activos recuperado­s pelo Executivo, no âmbito do processo de arrestos de bens privados construído­s com fundos públicos, Osvaldo João disse que é um processo que está a decorrer e é claro que a comissão nacional interminis­terial tem assistido a todo este processo.

“A nível do grupo técnico, estamos expectante­s para participar da possível necessidad­e de reestrutur­ação desses activos, quando o Governo decidir também participar num possível processo de privatizaç­ão”, concluiu.

Está também salvaguard­ada, quer pela Sonangol, quer pelo Instituto de Gestão de Activos e Privatizaç­ões do Estado, a possibilid­ade de indemnizaç­ões, caso ocorram constrangi­mentos

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KINDALA MANUEL | EDIÇÕES NOVEMBRO Zona Económica Especial continua a ser um forte activo na promoção da industrial­ização

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