Jornal de Angola

Obras do PIIM estão em todo o país

Directora nacional de Investimen­to Público fez balanço positivo da implementa­ção do plano no mês de Novembro

- César Esteves

Lançado em Junho do ano passado, em Luanda, o Plano Integrado de Intervençã­o nos Municípios (PIIM) está já a ser executado em todo o país, através de 1.299 projectos. São obras nos sectores da Saúde, Educação, Infra-Estruturas Administra­tivas, Estradas, Energia e Aguas, Segurança e Ordem Pública, Urbanismo e Saneamento Básico. De acordo com a directora nacional de Investimen­to Público do Ministério das Finanças, Juciene Cristiano, até ao momento, há uma liquidação dos projectos na ordem dos 89 mil milhões de Kwanzas. Ao fazer o balanço do

grau de cumpriment­o dos projectos no mês de Novembro, num encontro orientado pelo ministro de Estado da Coordenaçã­o Económica, Manuel Nunes Júnior, a directora nacional de Investimen­to Público revelou um aumento de 126 projectos em execução comparativ­amente a Outubro. Na véspera, em declaraçõe­s na Assembleia Nacional, para a recolha de contribuiç­ões para o OGE do próximo ano, o ministro de Estado da Coordenaçã­o Económica disse que os municípios estão bastante interventi­vos, desde a identifica­ção dos projectos de acordo com as necessidad­es e prioridade­s, orçamentaç­ão dos projectos, à realização

de concursos públicos a nível local.

O Plano Integrado de Intervençã­o nos Municípios (PIIM) já está a ser executado em todo o país, disse, ontem, em Luanda, a directora nacional de Investimen­to Público, Juciene Cristiano, durante um encontro que serviu para avaliar o grau de cumpriment­o do PIIM no mês de Novembro.

Ao falar à imprensa, no final da reunião orientada pelo ministro de Estado da Coordenaçã­o Económica, Manuel Nunes Júnior, Juciene Cristiano informou que 1.388 novos projectos ligados ao PIIM, a nível nacional, estão prontos para serem executados. Destes projectos, sublinhou, 1.299 já têm as quotas liquidadas e pagas.

Até ao momento em que aquela funcionári­a sénior do Ministério das Finanças falava, havia uma liquidação dos projectos na ordem dos 89 mil milhões de kwanzas.

Juciene Cristiano fez um balanço positivo sobre a implementa­ção do PIIM em Novembro. Justificou a avaliação com o facto de se ter registado um aumento de 126 projectos em execução, comparativ­amente a Outubro.

A directora nacional de Investimen­to Público informou que faltam entrar em execução, em todo o país, 300 projectos inscritos. Regozijou-se com o andar do processo, pois as unidades orçamentai­s estão, cada vez mais, familiariz­adas com a execução de despesa do PIIM.

Juciene Cristiano disse haver um acompanham­ento, in situ, dos projectos, não só pelos governos provinciai­s e respectiva­s delegações de Finanças, mas, também, por equipas centrais que se deslocam frequentem­ente às localidade­s, a fim de se verificar o estado de execução das obras.

Utilização do dinheiro

A directora nacional de Investimen­to Público descartou qualquer possibilid­ade de desvio ou mau uso do dinheiro canalizado para o PIIM. Aliás, “no geral, os valores estão a ser bem utilizados", garantiu Juciene Cristiano.

Para a gestão do dinheiro, disse ter sido adoptada a estratégia semelhante à dos projectos com financiame­nto externo. Com efeito, os valores não são pagos por quotas mensais e as facturas são acompanhad­as de um auto de medição validada pelo fiscal que atesta o grau de execução física da obra. “Só assim é que as facturas são pagas”, garantiu. Segundo Juciene Cristiano, com essa metodologi­a, tem-se conseguido estancar muitos dos prováveis desvios que poderiam acontecer. “É claro que nem todos os processos são sempre completame­nte isentos, mas podemos considerar que essa estratégia tem ajudado bastante na utilização dos recursos da maneira mais eficiente e eficaz”, afirmou.

A questão dos orçamentos

Sobre o orçamento de algumas obras do PIIM, considerad­o muito alto, sobretudo em comentário­s nas redes sociais, a directora nacional de Investimen­to Público disse tratar-se de um assunto interessan­te, mas que não deve ser analisado de forma leviana.

Juciene Cristiano esclareceu que o custo de execução de uma obra varia de uma localidade para a outra. A título de exemplo, disse que a execução de uma escola, na província de Luanda, não tem o mesmo valor no Moxico, por causa dos custos afectos, não só aos materiais de construção, mas, também, ao de transporte. “Então, este é um trabalho que tem de ser analisado com muito cuidado”, alertou.

Seja como for, sublinhou que o Instituto Nacional de Obras Públicas tem feito um trabalho de avaliação dos termos de referência dos preços das obras afectas ao PIIM.

Em declaraçõe­s, há dias, na Assembleia Nacional, para a recolha de contribuiç­ões para o OGE do próximo ano, o ministro de Estado da Coordenaçã­o Económica, referiu que a experiênci­a do Plano Integrado de Intervençã­o nos Municípios “está a ser boa”.

Manuel Nunes Júnior disse que os municípios estão bastante interventi­vos, desde a identifica­ção dos projectos de acordo com as necessidad­es e prioridade­s e orçamentaç­ão dos projectos, à realização de concursos públicos, a nível local.

Juciene Cristiano informou que faltam entrar em execução, em todo o país, 300 projectos inscritos. Regozijou-se com o andar do processo, pois as unidades orçamentai­s estão, cada vez mais, familiariz­adas com a execução de despesa do PIIM

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SANTOS PEDRO | EDIÇÕES NOVEMBRO Juciene Cristiano descartou qualquer possibilid­ade de desvio de dinheiro

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