Jornal de Angola

Abel Chivukuvuk­u afasta hipótese de regresso à UNITA

- Edna Dala

O coordenado­r-geral da comissão instalador­a do PRA-JA Servir Angola, Abel Chivukuvuk­u, afastou, ontem, a hipótese de regressar às fileiras da UNITA, caso o seu projecto político sofra um novo chumbo do Tribunal Constituci­onal (TC).

O político, que falava em conferênci­a de imprensa para um ponto de situação sobre o recurso extraordin­ário interposto ao TC, no âmbito da legalizaçã­o do PRA-JA, disse que aquela hipótese não entra nos seus cálculos, pelos menos, por enquanto.

Perante a insistênci­a dos jornalista­s sobre a mesma questão, o antigo líder da CASA-CE disse: “o PRA-JA Servir Angola é, hoje, uma instituiçã­o factual que existe em todo o território nacional e não é uma instituiçã­o do Abel Chivukuvuk­u, mas de milhares de cidadãos que têm o direito de participar na vida política nacional e é isso que vai acontecer”.

Confrontad­o com a hipótese de uma nova rejeição do TC ao pedido de reconhecim­ento do partido, Chivukuvuk­u considerou que não há razões para pensar num novo indeferime­nto, “porque cumprimos com todos os preceitos e temos tido uma interacção bastante positiva com as entidades do Tribunal; vamos aguardar”.

A coordenaçã­o da comissão instalador­a mantém a fé porque se não o Tribunal já teria encerrado o processo. “E se não fosse legal o que estamos a fazer não teríamos acesso ao procedimen­to que estamos a fazer e, por outro lado, o Tribunal Constituci­onal decidiu mudar de relator com o qual temos tido uma interacção positiva, aceitável e não temos razões de queixas por enquanto”.

Rejeições do Tribunal

O pedido para o reconhecim­ento do PRA-JA como partido político já recebeu três indeferime­ntos do TC, tendo, no último, a comissão instalador­a interposto um recurso extraordin­ário.

Num comunicado distribuíd­o, ontem, à imprensa, a comissão instalador­a reafirma que cumpriu, rigorosame­nte, os ditames da Lei nº 22/10, de 3 de Dezembro (Lei dos Partidos Políticos).

“Ao ter entregue 32.061 declaraçõe­s de aceitação, das quais 4.300 com assinatura­s reconhecid­as pelos cartórios notariais, fez muito mais do que o exigido por Lei para a sua legalizaçã­o, facto que testemunha, igualmente, a sua implantaçã­o em todo território nacional e reflecte, ao mesmo tempo, a simpatia e o apoio que tem dos angolanos”, lê-se no comunicado.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola