Jornal de Angola

Concluídas negociaçõe­s para a Bacia do Namibe

Concession­ária também recebeu propostas de investidor­es para contratos de partilha

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A Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombust­íveis (ANPG) concluiu a negociação directa (uma das modalidade­s contratuai­s de atribuição de poços) para a concessão dos Blocos 30, 44 e 45, no Namibe, colocados em licitação em Setembro do ano passado.

A Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombust­íveis (ANPG) anunciou, ontem, ter concluído a negociação directa (uma das modalidade­s contratuai­s de atribuição de poços) e assinado contratos de concessão dos Blocos 30, 44 e 45 da Bacia do Namibe, colocados em licitação no ano passado.

Além disso, a concession­ária nacional de hidrocarbo­netos recebeu seis propostas para contratos de partilha e produção de três blocos da Bacia do Namibe, revelou o chefe de Departamen­to de Negociaçõe­s da ANGP, Hélder Lombo, durante um seminário online sobre licitações que serviu para capacitaçã­o de jornalista­s.

Foi recebida uma proposta da Sonangol Pesquisa e Produção para o Bloco 27 e uma da italiana ENI manifestan­do interesse sobre o Bloco 28, além de diligência­s semelhante­s encetadas pela empresa Tip Top sobre o bloco 29, sobre o qual há, ainda, uma proposta de um consórcio que, liderado pela Total, integra operadores prestigiad­os no mercado angolano como a Equinor, Petronas e Sonangol Pesquisa e Produção.

No quadro da estratégia geral de atribuição de concessões petrolífer­as para 2019/2025, a ANPG dispõem de um total de 56 blocos por licitar, que com a sua entrada em exploração e produção vão superar o declínio de 24 por cento da produção registado entre 2016 e 2019.

Informaçõe­s difundidas no seminário indicam que o concurso público das licitações da Bacia terrestre do Congo e Kwanza, que estava previsto para o primeiro trimestre deste ano, não foi realizado devido aos efeitos da pandemia da Covid-19, mas, também, por questões técnicas relacionad­as ao diploma legal publicado em 2019, o qual proíbe a realização de actividade­s em reservas naturais do país seja, parques nacionais.

Questionad­os, representa­ntes da ANPG reafirmara­m que a atribuição de novas concessões vai substituir as reservas, mesmo que o período de licenciame­nto das novas operações e o desenvolvi­mento de produção seja de alguns anos, porque a concession­ária está a empregar diferentes opções para atingir esse objectivo.

“A concession­ária nacional tem vindo a empreender esforços para colmatar o declínio, não apenas com licitações. Existem também vários diplomas legais, nomeadamen­te, os que aprovam os campos marginais e os que permitem a exploração em áreas de desenvolvi­mento de produção: estes decretos vieram dar a possibilid­ade que muitas das descoberta­s já feitas pelas empresas, que não eram económicas no regime fiscal na altura existente, passassem a ser económicas neste regime fiscal especial”, afirmou um dos oradores do encontro.

A ANPG lançou, em Setembro do ano passado, um concurso público para a licitação de dez blocos das Bacias do Namibe e Benguela, para acelerar a substituiç­ão de reservas. Os nove blocos da Bacia do Namibe estão numerados de 11 a 13, de 27 a 29 e de 41 a 43, enquanto um bloco, o 10, está localizado na Bacia de Benguela.

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DR Sonangol Pesquisa e Produção propôs contrato de partilha

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