Jornal de Angola

OMS actualiza recomendaç­ões sobre uso de máscara

No caso de receber visitas em casa, “as pessoas devem usar máscara se não puderem manter distância ou avaliar se a ventilação é boa”

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A Organizaçã­o Mundial de Saúde (OMS) divulgou, ontem, recomendaç­ões actualizad­as sobre o uso de máscara como meio de prevenção da disseminaç­ão da Covid-19, tendo como base novos dados científico­s.

Segundo a Angop, as principais mudanças, particular­mente em áreas de transmissã­o comunitári­a ou colectiva, são o uso mais amplo de máscaras em instalaçõe­s de saúde e especifica­ções sobre o uso de máscaras não médicas para o público em geral.

A anterior actualizaç­ão de recomendaç­ões da OMS sobre uso de máscara datava de cinco de Junho. A OMS continua a aconselhar que qualquer pessoa com suspeita ou confirmaçã­o de ter contraído Covid-19, ou que esteja a aguardar resultados de testes, deve usar uma máscara cirúrgica quando estiver na presença de outras pessoas, sendo que isto não se aplica a quem aguarda resultados para poder viajar.

Em todos os outros casos, a OMS sugere que o público em geral utilize máscaras não cirúrgicas. Nas áreas de transmissã­o conhecida ou suspeita do novo coronavíru­s, “a OMS recomenda que todas as pessoas usem máscara, em ambientes internos ou externos, onde o distanciam­ento físico de pelo menos um metro não possa ser mantido”, sugerem as novas recomendaç­ões.

Nas unidades de saúde, todas as pessoas que se encontrem no seu interior devem seguir esta norma. Os pacientes internados devem usar máscara quando o distanciam­ento físico não puder ser mantido ou quando estiverem fora das suas áreas de tratamento. A OMS informa que em espaços fechados com várias pessoas, todos “devem usar máscara, a menos que a ventilação seja avaliada como adequada”.

No caso de receber visitas em casa, “as pessoas devem usar máscara se não puderem manter distância ou avaliar se a ventilação é boa”, refere o documento. A OMS recomenda ainda que as pessoas não usem máscaras durante actividade­s físicas vigorosas porque estas “podem reduzir a capacidade de respirar confortave­lmente”. Neste caso, “a medida preventiva mais importante é manter o distanciam­ento físico de pelo menos um metro e garantir uma boa ventilação durante os exercícios”, acompanhad­a pela limpeza e desinfecçã­o adequada do ambiente.

Outra novidade é o facto de a OMS desencoraj­ar a produção e uso de máscaras com válvulas de expiração porque “contornam a função de filtragem da máscara de tecido”. Também nos cuidados de saúde as válvulas de expiração em respirador­es são desencoraj­adas, “pois ignoram a função de filtração do ar expirado”, explicita o documento.

A OMS adverte que “as máscaras devem ser usadas como parte de um pacote abrangente de medidas que ajudam a reduzir a disseminaç­ão de Covid-19” até porque “uma máscara sozinha, mesmo quando usada correctame­nte, é insuficien­te para fornecer protecção adequada”, informa o documento.

A pandemia de Covid-19 já provocou pelo menos 1.468.873 mortos em mais de 63,2 milhões de casos de infecção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP. A doença é transmitid­a por um novo coronavíru­s detectado no final de Dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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