Aposta na aquicultura
Com um
total de 426 tanques, nos últimos dois anos o número de criadores da tilápia e bagres cresceu de 73 para 104. “Já se produz quantidades consideráveis de peixe. Uma parte está a ser consumida localmente e, também, já começamos a abastecer outros mercados, hotéis e grandes superfícies comercias da província”, revelou a administradora.
Um criador de peixe no Púri reclama a falta de redes para a captura do pescado, e de um fornecedor de ração de engorda e reprodução. Sebastião Artur defende maior intervenção da administração local do Estado e do Governo provincial, no sentido de os criadores ultrapassarem dificuldades como estas, que condicionam na produção e comercialização do peixe.
Mais consumidores de energia
Na vila municipal do Púri, mais de seis mil moradores beneficiam de energia eléctrica através de uma central térmica, constituída por três grupos geradores. O de 660 KVA fornece energia eléctrica domiciliária das 17h00 até a meia-noite, enquanto o gerador de 100 KVA garante a iluminação pública da vila, das 17h00 às 7h00 horas. Outro, de 80 KVA, assegura o funcionamento das instituições públicas e privadas, no período que vai das 7h00 às 17.
A administradora do Púri, Delfina Henriques, avançou que, neste momento decorrem trabalhos de reabilitação e ampliação da rede eléctrica, da sede do município até aos bairros mais recônditos. Explicou que, neste âmbito, mais de 100 postes de iluminação pública já foram instalados em algumas ruas da localidade.
“Estamos a substituir todos os cabos e postes de iluminação que se encontram em estado obsoleto, e estender a rede eléctrica a todos os bairros da sede municipal”, informou a responsável.
Quanto a água, dos 6.359 habitantes apenas 368 beneficiam do líquido precioso, através de um sistema construído na era colonial. Para se inverter o quadro, está em construção, na vila do Púri, um novo sistema de captação, com reservatório de 90 mil metros cúbicos de água.
Nos bairros da periferia estão a ser construídos chafarizes e lavandarias, para encurtar as longas distâncias que os habitantes da localidade percorriam, em busca do produto, ou para lavar a roupa nas margens dos rios.
Enquanto isso, nas regedorias e bairros com maior densidade populacional foram construídos centros de captação, tratamento e distribuição de água, e feitos furos artesianos. Os trabalhos prosseguem para a construção de outros equipamentos nas localidades onde ainda não existe água potável.
Delfina Henriques esclareceu que os trabalhos de construção de novos sistemas de água decorrem no âmbito do Programa de Combate à Fome e à Pobreza. A responsável defendeu a inclusão, no PIIM, de um orçamento para a construção de uma mini-hídrica, pontes e pontecos que ligam às diferentes localidades da vila, e a reabilitação de algumas vias terciárias.
Saúde com poucos médicos
Apenas três médicos, 26 enfermeiros e um técnico de diagnóstico atendem as várias situações de saúde manifestadas pelos cerca de 43.730 habitantes. O sector funciona com 16 unidades sanitárias, sendo um hospital municipal, nove centros e seis postos de saúde.
“Temos alguns postos de saúde que não funcionam por falta de enfermeiros. Aliás, a maioria dos técnicos de enfermagem trabalha no Púri em regime de contrato”, revelou a administradora, esclarecendo que a administração municipal enfrenta dificuldades para pagar os subsídios aos funcionários contratados.
O município necessita de pelo menos quatro médicos cirurgiões para fazer funcionar os dois blocos operatórios do hospital, equipados com material cirúrgico de ponta. Mas não funcionam, devido a falta de especialistas.