Jornal de Angola

Reino Unido é o primeiro a aprovar vacina contra a Covid-19

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A agência de medicament­os britânica anunciou, ontem, que aprovou a vacina Pfizer/BioNTech contra a Covid-19, após “análises rigorosas”, tornando-se a primeira autoridade sanitária ocidental a aprovar uma vacina contra a doença.

“Equipas separadas trabalhara­m em paralelo para fazer a revisão mais rigorosa desta vacina, sem descurar nenhum aspecto”, assegurou, em conferênci­a de imprensa, June Raine, directora da Agência Reguladora de Medicament­os e Produtos de Saúde (MHRA).

A agência, que licencia os medicament­os no Reino Unido, recomendou que a vacina deve ser usada depois de revistos os resultados dos ensaios clínicos, que mostraram que a vacina era 95 por cento eficaz em termos globais e, também, oferecia uma protecção significat­iva para os idosos, um dos principais grupos de risco. Mas a vacina permanece experiment­al enquanto os testes finais são realizados, segundo a agência de notícias AP.

“A ajuda está a caminho”, afirmou o secretário britânico da Saúde, Matt Hancock, à

Reino Unido é o primeiro a aprovar a vacina para utilização

BBC, acrescenta­ndo que a situação começará a melhorar na Primavera. “Agora temos uma vacina. Somos o primeiro país do mundo a ter uma autorizaçã­o clínica formal, mas temos de esperar e manter a determinaç­ão”, sublinhou Matt Hancock.

A Pfizer afirmou que começará imediatame­nte a enviar fornecimen­tos limitados para o Reino Unido e está a preparar-se para uma distribuiç­ão ainda mais alargada, se for dado um sinal semelhante pela Food and Drug Administra­tion dos Estados Unidos, uma decisão

prevista para a próxima semana. O CEO da Pfizer, Albert Bourla, considerou a decisão do Reino Unido “um momento histórico”.

Os testes finais ainda têm de ser concluídos. Ainda não foi determinad­o se as vacinas da Pfizer-BioNTech protegem contra pessoas que espalham o coronavíru­s sem apresentar sintomas. Outra questão é quanto tempo dura a protecção. A vacina foi testada num pequeno número de crianças, nenhuma menor de 12 anos, e não há informação sobre os efeitos em mulheres grávidas.

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