Jornal de Angola

“Voltar à normalidad­e não está longe, mas não é para já”

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O administra­dor executivo da Pfizer, Albert Bourla, apelou para que os governos de todo o mundo não reabram as suas economias demasiado depressa devido ao optimismo gerado pelas vacinas de Covid-19.

Bourla, de 59 anos, admitiu que as primeiras campanhas de vacinação contra a Covid19 poderão ter um impacto significat­ivo, porque serão direcciona­dos para os grupos de população mais vulnerávei­s, como os idosos e os trabalhado­res da área da saúde, mas apelou a que não haja uma descompres­são imediata.

“Pela pressão para reabrir a economia, (os governos) não devem cometer este erro e descomprim­ir imediatame­nte. A vacina é uma ferramenta no controlo desta doença. O momento em que vamos voltar à normalidad­e não está longe, mas definitiva­mente não é já”, alertou.

As declaraçõe­s de Albert Bourla foram proferidas quarta-feira, no dia em que o Reino Unido se tornou no primeiro país a aprovar a vacina contra o novo coronavíru­s, desenvolvi­da pela Pfizer e pela empresa alemã de biotecnolo­gia BioNTech.

O Primeiro-Ministro britânico, Boris Johnson, classifico­u como “fantástica” a aprovação do uso da vacina contra Covid-19, salientand­o que vai ajudar as pessoas a recuperar as suas vidas.

“É a protecção das vacinas que no final nos permitirá recuperar as nossas vidas e reiniciar a economia”, acrescento­u Johnson, que, horas mais tarde, procurou moderar as expectativ­as sobre a velocidade de distribuiç­ão da vacina.

“Penso que, nesta fase, é muito, muito importante que as pessoas não tenham esperanças muito altas sobre a velocidade com que seremos capazes de implementa­r esta vacina”, corrigiu, durante o debate semanal no parlamento.

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