Jornal de Angola

Governo interino anuncia Conselho de Transição

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O Governo interino do Mali anunciou ontem a composição de um novo corpo legislativ­o para a transição do país da África Ocidental para o regime civil, com os militares a manterem um papel fundamenta­l.

Jovens oficiais do exército no estado de Sahel, dominado pelo conflito armado, derrubaram o Presidente Ibrahim Boubacar Keita em 18 de Agosto, após semanas de protestos contra o Governo. Sob a ameaça de sanções internacio­nais, os oficiais entre Setembro e Outubro entregaram o poder a um Governo interino, que deve governar durante 18 meses antes de realizar eleições.

O líder do golpe, coronel Assimi Goita, que foi nomeado vice-presidente do Governo interino, recebeu poder de veto no mês passado sobre as nomeações para o Conselho de Transição de 121 lugares. A medida foi na altura vista pelos críticos do regime interino dominado pelos militares - como um fortalecim­ento do controle do Exército.

A lista final para o novo Conselho Nacional de Transição foi publicada por decreto do Presidente interino, Bah Ndaw, ele mesmo um coronel aposentado do Exército e revela que membros das forças de defesa e segurança receberam 22 assentos.

A oposição, reunida em torno do Movimento 5 de Junho (ou M5), apelou no mês passado a uma “resistênci­a popular”, depois que foi anunciado que Goita teria a palavra final sobre o nome dos parlamenta­res indicados. Como vice-presidente interino, Goita é responsáve­l pelas questões de segurança num país que luta para reprimir uma insurgênci­a militar brutal desde 2012.

As divergênci­as sobre a composição da assembleia ameaçam inviabiliz­ar os planos eleitorais, de reconcilia­ção nacional e de luta contra os militantes no Norte do país.

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DR Militares receberam vinte e dois assentos no Parlamento

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