União Africana apela congoleses à contenção
A União Africana (UA) exortou, sábado, os líderes da República Democrática do Congo (RDC) a preservarem “a paz e a estabilidade” na véspera de uma anunciada intervenção do Presidente Tshisekedi para ultrapassar a actual crise política e poucos dias após um apelo ao diálogo feito pela ONU, que motivou o impedimento de Joseph Kabila de viajar para Lubumbashi noticiou a AFP.
Este apelo surge numa altura em que se espera da parte do Presidente Félix Tshisekedi o anúncio de decisões para sair da crise política existente no centro da coligação com as forças que apoiam o seu antecessor, Joseph Kabila.
Na sexta-feira à tarde, cerca de uma centena de deputados pretendiam apresentar petições à Assembleia exigindo a renúncia da presidente da Câmara Baixa, Jeanine Mabunda, apoiante de Kabila, mas todos os gabinetes estavam encerrados.
Por outro lado, contrariamente ao que estava previsto, o ex-Presidente Joseph Kabila não foi a Lubumbashi, como havia sido anunciado a meio da semana. “Ele foi impedido de viajar”, de acordo com alguns dos apoiantes. Porém, a AFP disse não ter conseguido uma confirmação oficial.
A meio da semana, o Secretário-Geral da ONU, António Guterres disse “continuar preocupado com as tensões existentes dentro da coligação governamental”.
Numa nota do seu gabinete, divulgada pela AFP, Guterres pediu “a todas as partes interessadas que resolvam as diferenças por meio do diálogo, de acordo com a Constituição”. Proclamado vencedor das eleições, Tshisekedi subiu ao poder em Janeiro de 2019 sob um acordo de coligação com o seu antecessor, que manteve a maioria no Parlamento.