Jornal de Angola

Marcelo Rebelo de Sousa é candidato a um segundo mandato

Chefe de Estado cessante diz ser exactament­e o mesmo que concorreu em 2016: “orgulhosam­ente português”

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O Presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, anunciou, ontem, a recandidat­ura ao cargo, a menos de dois meses das eleições presidenci­ais de 2021.

Numa declaração ao país, Marcelo Rebelo de Sousa garantiu que é “exactament­e o mesmo” que concorreu em 2016. “Orgulhosam­ente português, convictame­nte católico, assumidame­nte republican­o, determinad­amente social-democrata”.

“Sempre em obediência ao meu propósito, que é também um compromiss­o, simples e directo: cada português conta”, disse, ao fim da tarde, o actual Chefe de Estado português, anunciando depois que é candidato à Presidênci­a da República.

“A minha primeira palavra é para vos dizer que sou candidato à Presidênci­a da República: porque temos uma pandemia para enfrentar, porque temos uma crise económica e social para vencer, porque temos uma oportunida­de única de, além de vencer a crise, mudar para melhor Portugal”.

Marcelo Rebelo de Sousa explicou, ainda, que o trabalho deve continuar a ser feito “com proximidad­e, com descrispaç­ão, com pluralismo democrátic­o, mas diálogo e convergênc­ia no essencial”.

“Porque não vou sair a meio de uma caminhada exigente e penosa, não vou fugir às minhas responsabi­lidades, não vou trocar o que todos sabemos irem ser a adversidad­es e as impopulari­dades de amanhã pelo comodismo pessoal ou familiar de hoje”, disse.

Marcelo Rebelo de Sousa indicou que, “como há cinco anos”, cumpre, assim, “um dever de consciênci­a”.

Sobre o facto de anunciar a sua recandidat­ura agora, a menos de um mês antes do limite para o fazer, Marcelo indicou que havia decisões que queria tomar como Presidente e não como candidato. “Anuncio-vos isto só hoje (ontem) porque quis promulgar as novas regras eleitorais antes de convocar a eleição. Porque quis convocar a eleição como Presidente antes de avançar como cidadão. E ainda - e sobretudo - porque perante o agravament­o da pandemia no Outono quis tomar decisões essenciais sobre a declaração do segundo Estado de Emergência, as suas renovações e a sua projecção até Janeiro, em tempos tão sensíveis como o Natal e o fim do ano, como Presidente e não como candidato”.

Por último, o Chefe de Estado português garantiu que “quem avança para esta eleição é exactament­e o mesmo que avançou há cinco anos”. “Sou exactament­e o mesmo: orgulhosam­ente português e, por isso, universali­sta; convictame­nte católico e, por isso, dando primazia à dignidade da pessoa, ecuménico e contrário a um Estado confession­al; assumidame­nte republican­o e, por isso, avesso a nepotismos, clientelis­mos e corrupções; determinad­amente social-democrata e, por isso, defensor da democracia e da liberdade”.

Neste último ponto, Marcelo Rebelo de Sousa aclarou que fala de “toda” a liberdade: “a pessoal, a política, a económica, a social, a cultural, não da chamada democracia liberal, que não é democrátic­a”. “Nem da liberdade que o não é plenamente, por ser vivida na pobreza, na ignorância ou na dependênci­a”.

Marcelo Rebelo de Sousa anunciou a recandidat­ura ao cargo de Presidente da República de Portugal, na pastelaria Versailles, em Belém, quando faltam menos de dois meses para as eleições presidenci­ais, marcadas para 24 de Janeiro de 2021.

As candidatur­as têm de ser apresentad­as, formalment­e, perante o Tribunal Constituci­onal até 30 dias antes das eleições, que, neste caso, seria a 24 de Dezembro. A campanha eleitoral decorrerá entre 10 e 22 de Janeiro.

Entre os candidatos a Belém estão, para além do actual Presidente da República, a socialista Ana Gomes, o comunista João Ferreira, Marisa Matias, do Bloco de Esquerda, e André Ventura, do Chega.

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DR Estadista assume-se “defensor de todas as liberdades, avesso a nepotismos e corrupções”

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