Autoridades preocupadas com crianças na via pública
O número de crianças na via pública a exercer venda ambulante, na cidade de Saurimo, Lunda-Sul, principalmente nesta fase da pandemia da Covid-19, está a preocupar as autoridades, que apelam aos pais e encarregados de educação para maior responsabilidade.
As crianças, segundo o Decreto em vigor, no âmbito do Estado de Calamidade Pública, fazem parte do grupo de risco ou pessoas vulneráveis ao vírus, estando sujeitas, obrigatoriamente, ao recolhimento domiciliar, sob tutela de um adulto.
No entanto, na cidade de Saurimo regista-se o aumento diário de crianças na via pública praticando a venda ambulante.
De acordo com o chefe dos serviços provinciais do Instituto Nacional da Criança (INAC) na Lunda-Sul, Adriano Mucuta, desde o início da pandemia mais de 500 crianças com idades compreendidas entre 8 e 16 anos foram encontradas a vender na via pública e nos mercados da cidade de Saurimo.
Adriano Mucuta denunciou que essas crianças prestam serviço a parentes e vizinhos, que as usam como mão-deobra barata. Acrescentou que os “exploradores infantis ” já foram advertidos verbalmente e se voltarem a usar as crianças serão responsabilizadas civil e criminalmente.“Os pais têm o dever de sustentar os filhos, garantir os direitos das crianças, dando alimentação, formação, educação, logo não devem nem podem usar as crianças para os seus negócios. Isto é crime e dá cadeia”, alertou.
Pediu à população a colaborar com o INAC e os órgãos de Justiça, com vista ao combate deste mal, que condiciona o futuro da criança.
Informou que o INAC está a desenvolver acções de sensibilização e palestras nas comunidades, mercados, igrejas, entre outros locais, sobre as consequências do trabalho infantil.
Na cidade de Saurimo, regista-se o aumento diário de crianças na via pública praticando a venda ambulante