Reino Unido inicia hoje campanha de vacinação
O ministro da Saúde britânico, Matt Hancock, destacou o “momento histórico” que vai representar o início da campanha de vacinação contra a Covid-19 no Reino Unido, previsto para hoje.
País europeu mais afectado pela crise pandémica (com 61.041 mortos e mais de 1,7 milhões de casos de infecção pelo novo coronavírus, segundo os dados mais recentes), o Reino Unido é o primeiro no mundo a ter autorizado a utilização da vacina anti-Covid19 desenvolvida pelo grupo farmacêutico norte-americano Pfizer e pela empresa alemã BioNTech e será o primeiro país ocidental a iniciar a campanha de vacinação. O ministro da Saúde britânico, que recentemente classificou o primeiro dia da campanha de vacinação como o "dia V", destacou, domingo, que "a próxima semana é um momento histórico".
Num comunicado, Matt Hancock precisou que os primeiros grupos que irão receber a vacina serão "os mais vulneráveis e aqueles com mais de 80 anos", bem como os funcionários de lares e residências seniores e do Serviço de Saúde público britânico (NHS).
O NHS informou, por sua vez, que todas as equipas "têm estado a trabalhar durante todo o fimdesemana para preparar o lançamento do programa de vacinação, com as primeiras vacinas a começarem a ser administradas na terça-feira". Nesse sentido, estão a ser criados "centros" em 50 hospitais britânicos e adicionalmente serão organizados, posteriormente, mil centros de vacinação, de acordo com o Ministério da Saúde britânico.
As especificidades da vacina Pfizer/BioNTech, que necessita de uma conservação a 70 graus negativos, representam um desafio logístico, salientaram as autoridades sanitárias, que indicaram que as doses têm de ser transportadas por uma empresa especializada e que o respectivo descongelamento demora várias horas. O Reino Unido encomendou 40 milhões de doses da vacina Pfizer/BioNTech, o que permite proteger 20 milhões de pessoas, uma vez que esta vacina se administra com duas doses. Numa primeira fase, estarão disponíveis 800 mil doses no Reino Unido.
Vários jornais britânicos avançaram, domingo, que a Rainha Isabel II, de 94 anos, e o marido, o príncipe Filipe, de 99 anos, serão vacinados em breve e que planeiam torná-lo público de forma "a encorajar o maior número possível de pessoas a serem vacinadas".