Actriz moçambicana fala em conquistas graduais
A actriz e encenadora moçambicana Gigliola Zacara, do Centro de Recreação Artística de Maputo, que se mostrou feliz por fazer parte do painel de conferencistas da 15ª edição do Festeca, reconheceu que durante muitos anos os privilégios eram, somente, atribuídos aos homens.
Gigliola Zacara disse que tal situação foi se alterando gradualmente com o passar dos tempos, com registo de grande progresso, passando a ter o devido reconhecimento, espaço e afirmação no universo artísticos. “Apesar das várias barreiras já ultrapassadas para as mulheres se afirmarem no contexto artístico, em particular no teatro, tem existido progressos significativo na matéria e quebrar paradigmas, exercendo grandes influências através do talento e persistência feminina.”
Ultrapassar barreiras
O director artístico da Oficina de Teatro para Jovens em Berlim, na Alemanha, o brasileiro Carlos Manuel, agradeceu o convite para participar no encontro e retratou resumidamente os prejuízos até então causados pela pandemia da Covid-19.
Neste período, sobre a realidade daquele país europeu, enfatizou os prejuízos causados com o encerramento dos teatros, cinemas, clubes e museus, que são importantes para a vida cultural do país, por representarem a segunda maior força de consumo e produção do país.
Lamentou o facto de serem cancelados os projectos denominado “Crocodilo” baseado da história de uma novela e de lendas angolanas, que estava prevista para o intercâmbio cultural entre as instituições da Globo Dikulu e o Oficina de Teatro para Jovens de Berlim, prevista para o mês corrente. O cancelamento do projecto, frisou, teve consequências emocionais e financeiras. A ideia, sublinhou, é tentar realizá-lo no próximo ano.