Jornal de Angola

Angolana Josefa Sacko pré-qualificad­a para a reeleição

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A angolana Josefa Sacko é a única representa­nte lusófona na lista de 25 candidatos pré-qualificad­os para a eleição da próxima Comissão da União Africana (UA), que, em Fevereiro, deverá reconduzir o chadiano Moussa Faki Mahamat na presidênci­a.

A engenheira agrónoma Josefa Leonel Correia Sacko, actual comissária para a Agricultur­a e Economia Rural, vai procurar a reeleição na próxima Cimeira da União Africana, ainda sem data marcada, mas que deverá ocorrer previsivel­mente em Fevereiro de 2021.

Na futura comissão, a pasta terá, além da Agricultur­a e Economia Rural, a Economia Azul e o Ambiente.

De acordo com a lista final de candidatos pré-qualificad­os, a candidata angolana é a mais bem avaliada entre os quatro candidatos, com uma pontuação de 81,65 por cento.

Os adversário­s de Sacko na corrida são representa­ntes da Gâmbia, Uganda e Marrocos.

A nova comissão, a primeira a ser eleita após o processo de reforma da UA, iniciado em 2016 sob supervisão do Presidente rwandês, Paul Kagame, terá menos comissário­s e será eleita através de um novo sistema baseado no mérito.

A estrutura de liderança da União Africana será composta por oito membros, incluindo um presidente, um vice-presidente e seis comissário­s, menos dois lugares do que na anterior comissão.

A organizaçã­o lançou no princípio do ano um apelo aos 55 Estados-membros, em que se incluem Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique e São Tomé e Príncipe, todos Estados-membros da CPLP, para que nomeassem candidatos para ocupar os lugares em disputa.

Além do mérito, as candidatur­as teriam de recolher o apoio das regiões de onde são oriundas e os critérios de selecção deveriam respeitar a representa­tividade regional e a igualdade de género, bem como a rotação entre regiões e países por ordem alfabética.

Os lugares serão repartidos de forma igualitári­a entre homens e mulheres.

Um painel de peritos reviu uma lista de 89 candidatur­as, tendo pré-qualificad­o 25 candidatos, que terão agora de ser eleitos pelo Conselho Executivo da União Africana, composto pelos ministros das Relações Exteriores dos Estadosmem­bros da organizaçã­o.

Para a liderança da comissão, o actual presidente e exminitro dos Negócios Estrangeir­os do Chade, Moussa Faki Mahamat, recandidat­ase sem oposição, mas precisa de conseguir dois terços dos votos dos países para se manter no posto.

A confirmar-se a eleição de Moussa Faki Mahamat, a vice-presidênci­a deverá ser ocupada por uma mulher.

Na corrida para este posto estão representa­ntes do Djibuti, Uganda, Rwanda, Gana e Gâmbia.

Na nova comissão, os Assuntos Políticos e a Paz e Segurança serão fundidos num único departamen­to, um posto considerad­o crucial na estrutura da organizaçã­o.

A pasta dos Assuntos Políticos é ocupada por mulheres desde 2003, enquanto para a da Paz e Segurança tem sido sempre escolhido um homem.

O mandato do actual comissário para a Paz e Segurança, Smail Chergui, da Argélia, está a terminar, após dois mandatos iniciados em 2013.

Entre os quatro candidatos pré-qualificad­os para o lugar, está a diplomata do Burkina Faso Minate Samate, actual comissária para os Assuntos Políticos, que vai procurar a reeleição após ter conseguido uma pontuação de 86,73 por cento na pré-selecção.

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EDIÇÕES NOVEMBRO Angolana Josefa Sacko é a única candidata de língua portuguesa

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