David Rowland entre os amigos
E entre essas amizades está David Rowland, dono de um “banco muito privado”, que se ocupava de clientes em mercados emergentes da Europa Oriental, Médio Oriente e Ásia. Muitos desses clientes eram altamente tóxicos, como foi o caso da elite política do Azerbaijão, mas que foram passando na malha lassa das leis de lavagem de dinheiro do Luxemburgo.
Em 2007, a Transparency Internacional classificou o Azerbaijão entre os piores países – 150 de 179 – no seu índice de percepção da corrupção. David, Jonathan e André viajaram juntos para aquele país do leste europeu em 2008. E foi na qualidade de consultor de HRH (Sua Alteza Real), que os Rowlands se apresentaram à mulher de Aliyev, que dirigia a maior empresa do país, a Pasha Holding. A amizade entre André e os Rowlands manteve estreita durante anos, e por isso mesmo, David e Jonathan e as respectivas mulheres ocuparam lugares na primeira fila no casamento da princesa Eugénia, a filha mais nova de André, na capela de São Jorge, no Castelo de Windsor, perto de KateMoss, Demi Moore ou LivTyler, bem como o empresário de Hong Kong, Johnny Hon, através do qual os Rowlands ofereceram os seus serviços a líder norte-coreano Kim Jong-Un.
Os anos passaram, as irregularidades tornaram-se óbvias, e o Luxemburgo decidiu não fechar os olhos às actividades do Banque Havilland.O regulador luxemburguês identificou violações tão flagrantes que enviou o processo para o Ministério Público do Luxemburgo, que abriu uma investigação. O banco está encurralado com o regulador a examinar todas as suas actividades e os executivos a serem interrogados pela Justiça do país.
Não é só um processo, é mais uma tremenda dor de cabeça para o filho preferido da rainha de Inglaterra.