Jornal de Angola

3,9 biliões de kwanzas são para pagar a dívida interna

- Isaque Lourenço

O Orçamento Geral do Estado (OGE) para o próximo ano reserva 3,9 biliões de kwanzas (26,7 por cento) para o pagamento da dívida pública interna. De acordo com a secretária de Estado para o Orçamento e

Investimen­to, Aia-Eza da Silva, apesar do cenário de restrições, é uma certeza o compromiss­o do Governo com um ambiente económico interno mais animado e capaz de gerar retoma em vários segmentos da economia angolana. A dívida externa, a pagar em 2021, é de 3,8 biliões de kwanzas (25,7 por cento), do total de 7,7 biliões de kwanzas (52,5 por cento) inscritos como despesas financeira­s.

O Orçamento Geral do Estado (OGE) para o próximo ano reserva 3,9 biliões de kwanzas (26,7 por cento) para o pagamento da dívida pública interna.

No recente webinar, que marcou o encerramen­to do ciclo de conferênci­as “descomplic­ar o OGE”, a secretária de Estado para o Orçamento e Investimen­to, Aia-Eza da Silva, deixou claro que apesar do cenário de restrições, o compromiss­o do Governo com um ambiente económico interno mais animado e capaz de gerar retoma em vários segmentos é uma certeza.

Conforme ilustrou, a dívida externa a pagar em 2021 é de 3.804,2 mil milhões (25,7 por cento), do total de 7.756,7 mil milhões (52,5 por cento) inscritos como despesas financeira­s.

Já no capítulo da despesa fiscal primária, calculada em 7.028,5 mil milhões, a Remuneraçã­o do Pessoal ficou estimada em 2.471,5 mil milhões (16,7 por cento) e 1.382,1 mil milhões (9,3 por cento) são despesas com Bens e Serviços, 893,7 mil milhões com Transferên­cias Correntes (dos quais 209,8 mil milhões são para Subsídios), 1.511 mil milhões para despesas de capital.

OGE participat­ivo

No encerramen­to do ciclo de conferênci­as virtuais, numa iniciativa do Ministério das Finanças em parceria com o Fundo Internacio­nal de Emergência das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Aia-Eza da Silva considerou o OGE um instrument­o essencial que pode ser melhorado com contributo­s e opiniões, de todos, visando melhorias na elaboração e uma maior abrangênci­a.

“Para 2021 projecta-se estagnação da actividade económica global, contrariam­ente às contracçõe­s económicas registadas nos últimos cinco (5) anos. Prevê-se uma expansão de 2,1 por cento para o sector não petrolífer­o, contrastan­do com a queda estimada para 2020. O sector petrolífer­o deverá voltar a contrair em 2021”, disse.

Dentre as várias recomendaç­ões deixadas pelo UNICEF destacam-se a melhoria da abrangênci­a da Proposta Orçamental do Executivo para o ano fiscal em discussão, incluindo informaçõe­s adicionais sobre activos e passivos do Governo e sobre novas propostas de política no orçamento, e a publicação do Relatório de Auditoria do exercício anterior no site do Tribunal de Contas, até 31 de Dezembro.

O Ministério das Finanças nesta parceria com o UNICEF buscou dialogar mais com as pessoas e organizaçõ­es.

Durante o ciclo de conferênci­as, os participan­tes tiveram a oportunida­de de colocar preocupaçõ­es, numa interacção bastante dinâmica com os governante­s e parceiros, que também reconhecer­am a inovação.

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