Polícia recruta novos efectivos
O comandante-geral da Polícia Nacional, comissáriogeral Paulo de Almeida, anunciou, ontem, no Cuito, para o próximo ano, um enquadramento massivo, com vista ao reforço do número de efectivos da corporação em todo território nacional.
Paulo de Almeida apresentou, naquela cidade, a nova perspectiva de organização e funcionamento da Polícia Nacional para os próximos tempos.
O comandante-geral disse que, em função do actual estado imposto pela pandemia da Covid-19, que abalou o quadro financeiro do país, cada província terá de encontrar soluções locais para a preparação básica dos efectivos.
Segundo o comissário-geral, a Polícia Nacional propôs, para o presente ano, um enquadramento de seis mil efectivos, mas a efectivação ficou condicionada, devido à Covid-19.
“Conseguimos recrutar apenas 200 efectivos face às restrições impostas pela pandemia”, revelou Paulo de Almeida, para quem se trata de um número bastante insignificante para aquilo que se propõe para os desígnios da Polícia Nacional. Garantiu que, a partir do próximo ano, haverá novas selecções, pois o rácio polícia/cidadão ainda está aquém do desejados.
Até lá, Paulo de Almeida reafirmou que as províncias terão a responsabilidade de implementar medidas extraordinárias, sobretudo no domínio da formação e preparação primária do efectivo da Polícia Nacional.
“Não temos escolas suficientes em Luanda para a formação básica de novos efectivos. Esta responsabilidade será repartida com as demais províncias”, informou o comandante, que termina, hoje, uma visita de trabalho de 48 horas ao Bié.
Em relação a infra-estruturas da Polícia Nacional, considerou ser um constrangimento global, tendo manifestado a necessidade imediata da substituição da frota de automóveis de patrulha, construção e reabilitação de unidades policiais, bem como melhorar alguns meios tecnológicos.