Corrida à Lua agita actividade espacial
Enquanto os chineses trazem amostras lunares, israelitas e norte-americanos, cada um por si, querem chegar à Lua em 2024. O artigo é do Diário de Notícias
O mundo está a testemunhar dias de intensa actividade espacial. Enquanto a China traz amostras da Lua, nos EUA, a NASA publicou o plano para o regresso tripulado ao satélite da Terra e Israel anunciou que uma nave não tripulada vai à Lua em 2024. Além disso, a SpaceX realizou mais um teste à nave que pretende enviar à Lua e a Marte e o Japão começou a estudar amostras de um asteróide trazidas por uma sonda.
A China está a trazer amostras da Lua, nos EUA a NASA publicou o plano para o regresso tripulado ao satélite da Terra e Israel anunciou que uma nave não tripulada irá até à Lua em 2024. Além disso, a SpaceX realizou mais um teste à nave que pretende enviar até à Lua e até Marte e o Japão começou a estudar amostras de um asteroide trazidas por uma sonda.
Foram dias de intensa actividade espacial, culminada com o anúncio, na quintafeira, da data para o segundo voo de teste não tripulado de uma nave desenvolvida pela empresa aeronáutica Boeing e a Agência Espacial NorteAmericana, NASA. O dia 29 de Março está agendado para o lançamento do segundo voo experimental da nave Starliner para a Estação Espacial Internacional (EEI), no âmbito do programa de tripulação comercial da agência.
Na missão OFT-2, a nave espacial CST-100 Starliner será lançada num foguetão a partir da estação aérea do Cabo Canaveral, na Florida. Depois de atracar na EEI, regressará à Terra, uma semana mais tarde. Se tudo correr pelo melhor, o serviço de passageiros para a EEI, a cargo dos astronautas Jeanette Epps, Sunita Williams e Josh Cassada, iniciará no Verão de 2021.
A disputar o mercado das viagens espaciais comerciais, a empresa privada SpaceX realizou mais um teste e, uma vez mais, a nave explodiu ao aterrar, algo que já estava de certa forma previsto, num texto publicado no site da empresa de Elon Musk antes da experiência.
O voo de teste foi planeado para verificar o funcionamento do corpo metálico da SN8 (Starship número 8) e os seus três motores quanto ao seu aerodinamismo, inclusive durante o regresso da nave à Terra - o que ocorre na vertical, tal como o pioneiro foguete Falcon 9 do SpaceX.
Ao que a SpaceX informa, a construção do próximo protótipo, SN9, já está quase terminada. O foguetão Starship estará equipado com 37 motores, em vez de nove, com 120 metros e será capaz de transportar 100 toneladas de carga em órbita à volta da Terra.
Mas é para mais longe que a SpaceX aponta e, em primeiro lugar, para a Lua: o bilionário japonês Yusaku Maezawa reservou uma volta ao satélite, algo que não acontecerá antes de 2023. Depois, o sonho de Musk é levar várias naves até Marte.
Pó de asteroide
Ao Japão chegou o material enviado à Terra pela sonda Hayabusa-2. Na terça-feira, os cientistas começaram a dar os passos necessários para poder analisar parte do material recolhido do asteroide Ryugu, que se encontra a uns 300 milhões de quilómetros. O objectivo da missão é encontrar dados que sustentem informações sobre a formação do universo.
A agência espacial japonesa começou a analisar a cápsula pela recolha de gás no seu interior. Os cientistas esperam que a recolha produza até 1 grama de material recolhido (e um mínimo de 0,1 grama), embora não saibam ao certo até observarem a cápsula, o que só acontecerá na próxima semana, após uma série de passos para garantir que o material não vai ser contaminado.
Metade das amostras da Hayabusa-2 será partilhada entre a Agência Espacial Japonesa e outras organizações internacionais, enquanto o resto será mantido para estudo futuro.
O dia 29 de Março está agendado para o lançamento do segundo voo experimental da nave Starliner para a Estação Espacial Internacional (EEI), no âmbito do programa de tripulação comercial da agência