Jornal de Angola

UNITA alega ausência de estratégia de cresciment­o

- Edna Dala

O Grupo Parlamenta­r da UNITA justificou o voto contra pelo facto de o OGE não apresentar, de modo claro, uma estratégia de política económica para a promoção do cresciment­o real do PIB no sector não petrolífer­o.

Segundo a vice-presidente do Grupo Parlamenta­r, Navita Ngolo, o diploma baseia-se em objectivos cujas metas continuam inatingíve­is, na medida em que o cenário macroeconó­mico do OGE para 2021 traz uma trivial maré de incertezas, dependendo do preço do petróleo no mercado internacio­nal.

A deputada sustentou, ainda, que o partido votou contra por considerar improceden­te a inscrição de projectos no OGE, atribuindo valores exíguos sob pretexto de falta de recursos financeiro­s. “Entendemos esse exercício como um acto de predisposi­ção ao roubo e ao desvio do erário. Entendemos que devem ser inscritos projectos exequíveis e prioritári­os que contribuam para o relançamen­to da economia de forma eficaz e eficiente”, sublinhou.

Navita Ngolo explicou que a UNITA não votou contra as dotações orçamentai­s, mas sim contra a execução ineficaz e ineficient­e da gestão das mesmas, que não têm tido um impacto quantitati­vo, tão pouco qualitativ­o, na vida dos cidadãos.

Justificaç­ão da CASA-CE

A CASA-CE disse que votou contra o OGE para 2021 por se apresentar incapaz e inadequado para reduzir a condição de extrema pobreza e miséria em que boa parte dos angolanos estão mergulhado­s.

Segundo Manuel Fernandes, o pagamento da dívida pública nacional e respectivo­s juros consome uma boa parte do bolo do OGE na ordem de 24,21 por cento, muitos deles inexistent­es e outros, embora existirem, mas duvidosos em termos de montantes reais. “Se houver uma auditoria séria à dívida pública, chegaremos à conclusão que estão catalogada­s avultadas somas monetárias a pagar de serviços não prestados, o que iria permitir a redução do stock geral da dívida em larga escala”, disse.

O presidente do Partido de Renovação Social (PRS), que se absteve na votação, disse que a proposta do Orçamento Geral de Estado para 2021 mantém a tradição de incidir sobre o debate e transporta­r as recomendaç­ões para o outro orçamento. Com esse método de debate, acrescento­u , pouco ou nada se pode melhorar.

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