Unidades sanitárias com menos pacientes
O Sistema Nacional de Saúde registou, entre os meses de Março e Abril, uma queda de 50 por cento dos pacientes que acorrem às unidades sanitárias, informou, ontem, em Luanda, a directora nacional de Saúde Pública.
Durante o “Encontro Metodológico de Saúde Pública”, que termina hoje, Helga Freitas afirmou que presentemente o número de pacientes que acorrem aos hospitais subiu para 80 por cento, sendo que o habitual percentual é de 85 por cento.
Helga Freitas disse que a pandemia inibiu muitas pessoas a procurarem os serviços de saúde com o receio de serem contagiadas. Em função disso, referiu, o Sistema de Saúde teve que reagir e se organizar em matéria de biossegurança.
“O sistema reagiu e a cobertura aumentou. Além de muitas unidades que estavam fechadas, estabeleceram-se directrizes para orientar como os profissionais do sector devem atender. As pessoas devem continuar a procurar os serviços de saúde de rotina, para receberem os cuidados preventivos, para que se reduza a morbilidade e mortalidade”, alertou.
A directora nacional de Saúde Pública afirmou que o grande objectivo do encontro é apresentar estratégias técnicas metodológicas e normativas, para a implantação de acções de prevenção e resposta à Covid-19.
Referiu que o encontro serve também para a implementação e continuidade da prestação dos programas de Saúde Pública, a nível dos cuidados primários. “Para se dar continuidade na prestação dos cuidados de saúde, foram elaboradas normas e directrizes para todos os programas, como o da vacinação, aleitamento, tuberculose e VIH”, disse.
Helga Freitas explicou que todas as equipas estão a ser orientadas para continuar com os programas de vacinação, tendo em conta as medidas de prevenção contra a Covid-19.
Sublinhou que cada programa de Saúde Pública inclui a imunização, nutrição e aleitamento materno, para orientar as mães como devem manter a amamentação dos filhos, seguindo as normas de protecção.
Helga Freitas pediu às mães para continuarem a levar os filhos à vacinação e aconselhou as grávidas a fazerem consultas de pré-natal para garantirem a sua saúde e a da criança.
Hoje os participantes debatem temas como o “Manuseamento de cadáveres”, “Orientações técnicas sobre saúde oral”, “Desafios da continuidade dos serviços essenciais”, entre outros.