Lobito está a ensaiar medidas para travar subida dos preços
Uma comissão multissectorial foi criada no Lobito, província de Benguela, para fiscalizar e repor a normalidade dos preços de compra e venda de bens e serviços, informou, ontem, o director municipal do Comércio.
Pedro Jamba disse que o aumento dos preços dos principais produtos da cesta básica nos mercados formais e informais forçou as autoridades administrativas a intervirem com medidas correctivas.
De acordo com o responsável, fazem parte da comissão os técnicos do Comércio, da Polícia Nacional (SIC), do Instituto
Nacional de Defesa e do Consumidor (INADEC) e da Saúde em cuja missão passa por fiscalizar e ali onde haver infracções tomarem-se medidas correctivas (punitivas) em função do que a lei prevê.
“A integração dessas individualidades deve-se ao facto de haver sempre aqueles que, nesta fase em que se aproximam as quadras festivas, aproveitam encarecer os produtos de maior procura nos mercados (formais e informais), dificultando a vida dos cidadãos”, disse Pedro Jamba para quem a tarefa é de difícil solução, a julgar pelas implicações dali resultantes.
Na sua óptica, a alteração dos preços dos produtos de maior procura nos mercados, com destaque os da cesta básica, resulta de uma série de pressupostos que acontecem no país e que a forma de se estancar não passa apenas de medidas administrativas, mas também de como o mercado reage em função das necessidades dos consumidores.
“Estes sim, devem ser os principais fiscalizadores e, se possível, denunciarem as más práticas que possam registar no sentido de desencorajar os demais comerciantes com os mesmos propósitos, pois em nada ajudam na melhoria da vida dos cidadãos. Os resultados dependerão da conjugação de esforços de todos os interessados neste processo”, referiu.
Numa ronda feita nas principais superfícies comerciais e mercados informais da urbe, foi possível constatar a alteração dos preços na ordem de 15 a 80 por cento. Só para se ter uma ideia, um saco de arroz de 25 quilogramas que antes era comercializado por 12 mil, passou para 13.600 nalgumas lojas e 14.500 em outras. No mercado paralelo variam entre 13 e 14 mil kwanzas.
Uma caixa de massa alimentar passou de 4.400 para 5.000 kwanzas nalgumas lojas e 4.800 no mercado paralelo. O saco de 50 kg de açúcar branco que antes custava 18.000 subiu para 19 mil e 700. Já no que tange a farinha de milho (fuba), a história é mais grave. Um quilo (1 kg) de fuba refinada, vulgo limpa que antes o consumidor adquiria por 200 kwanzas passou a custar 350 Akz e a fuba bruta, vulgo palapala, registou o dobro, de 150 para 300 kwanzas.
O mesmo acontece com a fuba de bombô que teve um acréscimo de 50 kwanzas, ou seja, de 150 a 200 no “paralelo” e mantém-se a 250 nalgumas superfícies comerciais. Já o cartão de 30 ovos que antes era vendido por 2.000 kwanzas, passou para 3.700. A caixa de coxas de frango que antes era 8.050 subiu para 9.950 nalgumas lojas e 10.200 no mercado paralelo.