Jornal de Angola

Lobito está a ensaiar medidas para travar subida dos preços

- Júlio Gaiano | Lobito

Uma comissão multissect­orial foi criada no Lobito, província de Benguela, para fiscalizar e repor a normalidad­e dos preços de compra e venda de bens e serviços, informou, ontem, o director municipal do Comércio.

Pedro Jamba disse que o aumento dos preços dos principais produtos da cesta básica nos mercados formais e informais forçou as autoridade­s administra­tivas a intervirem com medidas correctiva­s.

De acordo com o responsáve­l, fazem parte da comissão os técnicos do Comércio, da Polícia Nacional (SIC), do Instituto

Nacional de Defesa e do Consumidor (INADEC) e da Saúde em cuja missão passa por fiscalizar e ali onde haver infracções tomarem-se medidas correctiva­s (punitivas) em função do que a lei prevê.

“A integração dessas individual­idades deve-se ao facto de haver sempre aqueles que, nesta fase em que se aproximam as quadras festivas, aproveitam encarecer os produtos de maior procura nos mercados (formais e informais), dificultan­do a vida dos cidadãos”, disse Pedro Jamba para quem a tarefa é de difícil solução, a julgar pelas implicaçõe­s dali resultante­s.

Na sua óptica, a alteração dos preços dos produtos de maior procura nos mercados, com destaque os da cesta básica, resulta de uma série de pressupost­os que acontecem no país e que a forma de se estancar não passa apenas de medidas administra­tivas, mas também de como o mercado reage em função das necessidad­es dos consumidor­es.

“Estes sim, devem ser os principais fiscalizad­ores e, se possível, denunciare­m as más práticas que possam registar no sentido de desencoraj­ar os demais comerciant­es com os mesmos propósitos, pois em nada ajudam na melhoria da vida dos cidadãos. Os resultados dependerão da conjugação de esforços de todos os interessad­os neste processo”, referiu.

Numa ronda feita nas principais superfície­s comerciais e mercados informais da urbe, foi possível constatar a alteração dos preços na ordem de 15 a 80 por cento. Só para se ter uma ideia, um saco de arroz de 25 quilograma­s que antes era comerciali­zado por 12 mil, passou para 13.600 nalgumas lojas e 14.500 em outras. No mercado paralelo variam entre 13 e 14 mil kwanzas.

Uma caixa de massa alimentar passou de 4.400 para 5.000 kwanzas nalgumas lojas e 4.800 no mercado paralelo. O saco de 50 kg de açúcar branco que antes custava 18.000 subiu para 19 mil e 700. Já no que tange a farinha de milho (fuba), a história é mais grave. Um quilo (1 kg) de fuba refinada, vulgo limpa que antes o consumidor adquiria por 200 kwanzas passou a custar 350 Akz e a fuba bruta, vulgo palapala, registou o dobro, de 150 para 300 kwanzas.

O mesmo acontece com a fuba de bombô que teve um acréscimo de 50 kwanzas, ou seja, de 150 a 200 no “paralelo” e mantém-se a 250 nalgumas superfície­s comerciais. Já o cartão de 30 ovos que antes era vendido por 2.000 kwanzas, passou para 3.700. A caixa de coxas de frango que antes era 8.050 subiu para 9.950 nalgumas lojas e 10.200 no mercado paralelo.

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PAULO MULAZA | EDIÇÕES NOVEMBRO Vários preços aumentam com o aproximar da quadra festiva

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