Sector eléctrico poupa 114,3 mil milhões de kwanzas no último ano
Aumento da oferta de energia hídrica reduziu o consumo de combustíveis em quase metade num ano em que o acesso à água para consumo também melhorou
O aumento da produção de energia hídrica no país resultou, no final do ano passado, na redução drástica no consumo de diesel para a geração de electricidade, situação que resultou uma poupança estimada em 111,34 mil milhões de kwanzas, de acordo com o ministro da Energia e Águas.
João Baptista Borges disse, recentemente, na cerimónia de cumprimento de fim-deano, com funcionários do sector, que a necessidade desse combustível utilizado para a produção de energia térmica caiu de 1.364.256 m3/ano em 2015, para 539.496 já no final de 2019, representando uma redução de quase metade.
De acordo com o ministro, a demanda atendida de energia é, actualmente, de 1.957 megawatts (MW), registando um crescimento de 11 por cento em relação ao ano anterior, reflexo das acções de investimento na extensão das redes de transporte e na ligação de novos consumidores.
Com referência ao "PDN 2020-2022 revisto", apontou três medidas urgentes, sendo a satisfação das necessidades de energia eléctrica e água potável, assegurando a oferta permanente e crescente destes serviços para a população e para o desenvolvimento económico nacional; melhoria a qualidade de prestação destes serviços públicos e garantia da utilização racional e sustentável dos recursos energéticos e de água potável a nível nacional. No sector eléctrico, o ministro enfatizou que atingimos no momento os 5.630 MW, (correspondendo 3.342 de produção hídrica, 2.223 de produção térmica e 35 de híbrida), o que corresponde a um incremento de 14 por cento comparativamente ao ano de 2019.
Em 2017, recordou João Baptista Borges, a capacidade
do reforço da cooperação entre Angola e a República da Índia, o secretário de Estado para as Águas, Lucrécio Costa, recebeu, ontem, em audiência no Ministério da Energia e Águas, a embaixadora da Índia, acreditada em Angola, Pratibha Parkar.
No encontro, foram discutidas questões que pretendem permitir uma melhor parceria entre as empresas indianas e as angolanas, onde se perspectiva uma interacção mais profícua entre as partes. As partes congratularam-se ainda pelas boas relações existentes entre os dois países.
Aliás, no discurso de fimde-ano do ministro Baptista Borges, foi avançada as vantagens de produção energética era de 4.068 MW. Este incremento deveu-se, essencialmente, à entrada em operação da quinta turbina de Laúca. Para o incremento, contou, também, a entrada em operação, no final do passado ano, das novas centrais térmicas de Saurimo (Lunda-Sul), Luena (Moxico) e do Cuíto (Bié).
Segundo avançou o ministro, está em curso, desde o passado dia 11 de Novembro, o comissionamento do sexto e último grupo (UG#06) da Central principal do Aproveitamento Hidroeléctrico de Laúca, com uma potência unitária de 334 megawatts, sendo expectável que o mesmo entre em operação comercial na próxima sexta-feira, proporcionadas no sector das águas pela recente inauguração do sistema de abastecimento à cidade do Huambo e que estão em execução os novos sistemas de abastecimento às cidades de Malanje e de Cabinda.
Em termos numéricos, entre Setembro de 2017 e Agosto do presente ano, houve um incremento de 219.934 metros cúbicos na capacidade de abastecimento de água, como resultado da construção de novos sistemas, que melhorou o acesso à água potável das populações nas cidades de Cuíto (Bié), Dundo (Lunda-Norte), Huambo, Lubango (Huíla), Luena (Moxico), Mbanza Congo (Zaire) e Luanda. 19 de Dezembro.
"Esta potência virá marcar um dos importantes marcos que deve concorrer para o aumento da capacidade de produção de electricidade no quadro da estratégia do Executivo reflectida na criação de condições para o me-lhoramento dos indicadores económicos e do nível de vida dos cidadãos. Poderá, igualmente, concorrer para a industrialização do país e contribuir por esta via para a significativa melhoria dos níveis de empregabilidade dos cidadãos e integração económica do país às regiões económicas às quais está associado", disse.
Novos sistemas
Sobre o sector das águas,
João Baptista Borges frisou que foram concluídos, no passado ano, em várias sedes provinciais, novos sistemas de abastecimento de água. São os casos das cidades do Cuito, capital da província do Bié e em Mbanza Congo, província do Zaire.
Para o combate à seca, prevê-se que dentro de aproximadamente 2 anos esteja concluída a estação de captação de água no rio Cunene, bem como dos 158 quilómetros de aquedutos e 30 Chimpacas, que atenderão mais de 470 mil habitantes residentes nas regiões de Cafu, Kuamato, Namacunde e N'Dombola. Servirá ainda para o abeberamento de aproximadamente 500.000 cabeças de gado.