Jornal de Angola

Conservató­rias estão prontas para emitir certidões de óbito

- Arcângela Rodrigues

Todo o cidadão interessad­o em requerer a certidão de óbito de um familiar ou entequerid­o vítima de conflito político pode fazer, a partir de agora, junto das conservató­rias do registo civil, delegação municipal de registos, na administra­ção municipal ou comunal da sua residência, anunciou, ontem, em Luanda, o ministro da Justiça e dos Direitos Humanos, Francisco Queiroz.

Ao intervir na cerimónia de abertura da primeira sessão ordinária da Comissão de Averiguaçã­o e Certificaç­ão de Óbitos das Vítimas dos Conflitos Políticos (CAVICOP), que marcou o início das actividade­s deste órgão, o ministro revelou que os diplomas aprovados tornaram possível a tramitação dos processos para a emissão de certidões de óbito, de uma forma mais simplifica­da e desburocra­tizada.

Segundo Francisco Queiroz, isto vai permitir que qualquer familiar directo tenha acesso facilitado e gratuito à certidão de óbito do ente querido e, com ela, dar continuida­de às várias situações pendentes.

O porta-voz da CAVICOP, Israel Nambi, informou, à imprensa, no final do encontro, que, até ao momento em que falava, tinham sido recepciona­dos dez processos para a obtenção de certidões de óbito, provenient­es das províncias do Bengo e Cunene.

O ministro da Justiça e dos Direitos Humanos lembrou que uma das iniciativa­s mais importante­s do Plano de Reconcilia­ção é o registo e a emissão de certidões de óbito das vítimas dos conflitos políticos de 11 de Novembro de 1975 a 4 de Abril de 2002.

Quanto à construção do Monumento em memória às vítimas, Francisco Queiroz informou que foi realizado um concurso público para a elaboração do projecto, tendo sido aprovada a empresa que melhor se classifico­u. “Actualment­e já se trabalha na construção da empreitada, em coordenaçã­o com o Gabinete de Obras Especiais (GOE) e o Ministério da Finanças”, referiu.

O porta-voz da CAVICOP disse terem sido analisadas várias questões, entre as quais o funcioname­nto da comissão, constituiç­ão do secretaria­do e condições administra­vas e de logística.

Israel Nambi explicou que a CAVICOP vai funcionar nos termos previsto pelo Decreto Presidenci­al nº 209/20, de 4 de Agosto. A comissão vai ser suportada pelo secretaria­do nacional e provincial e as petições podem ser feitas presencial­mente ou via online.

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KINDALA MANUEL | EDIÇÕES NOVEMBRO Ministro Francisco Queiroz

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