Jornal de Angola

Autoridade­s sanitárias apelam ao controlo rigoroso nas entradas e saídas de Luanda

- Xavier António

As autoridade­s sanitárias defendem um maior controlo nos pontos de entrada e saída da província de Luanda, para se evitar a exportação de casos positivos de Covid-19.

A informação foi avançada ontem, no Centro de Imprensa Aníbal de Melo (CIAM), pelo secretário de Estado para a Saúde Pública, Franco Mufinda, no habitual encontro com os jornalista­s para a sessão de balanço dos dados da Covid-19, nas últimas 24 horas.

Ontem, informou, nestes pontos, foram testadas 1. 371 pessoas, sendo 1.164 homens e 207 mulheres. Dos 1.371, 107 foram reactivos o que representa uma taxa de exposição de 7,8 por cento.

Dos 107 reactivos, 91 são IGG, 14 IGM e dois IGG/IGM. “Logo a seguir fez-se a testagem na base do teste atíngeneo onde foram detectados dois casos positivos à Covid19, cuja taxa de positivida­de é de 1, 9 por cento”, realçou.

77 novas infecções

Nas últimas 24 horas, o número de infectados voltou a subir com o registo de mais 77 casos, sendo 39 em Luanda, 11 em Cabinda, sete no Uíge, quatro no Zaire, igual número em Malanje, três na LundaNorte, igual número no Huambo, dois na LundaSul, Bié e Cunene.

Em Luanda, de acordo com Franco Mufinda, os casos estão distribuíd­os pelos municípios de Belas, Cazenga, Cacuaco, Kilamba

Kiaxi, Icolo e Bengo, Talatona, Viana e distrito urbano da Ingombota.

Quanto às idades dos novos casos, prosseguiu, variam entre dois e 88 anos, sendo 51 homens e 26 mulheres, contabiliz­ando um total de 16.484 infectados, desde o surgimento dos primeiros casos no país.

Vítimas mortais

O total de mortes de Covid19 subiu, ontem, para 382 com o registo de mais de três óbitos. Os factos ocorreram nas províncias do Zaire (1), Uíge (1) e Luanda (1). Entre as vítimas mortais estão dois homens e uma mulher, com idades entre 13 e 88.

Durante o encontro,

Franco Mufinda destacou a recuperaçã­o de mais 72 pessoas, sendo 37 em Benguela, 14 em Luanda, 10 no Uíge, quatro na Lunda-Norte, três no Moxico, duas em Malanje e igual número na LundaSul, contabiliz­ando 9.266 recuperaçõ­es.

Estão também contabiliz­ados um total de 6.836 casos activos, dos quais seis em estado crítico com ventilação mecânica invasiva, quatro graves, 82 moderados, 131 leves e 6.613 assintomát­icos. Há ainda 223 doentes que estão a ser seguidos nas unidades de saúde, menos um em relação ao dia de ontem.

Os laboratóri­os processara­m, nas últimas 24 horas, 2.751 amostras, sendo que 77 são positivas, o que correspond­e a uma taxa diária de positivida­de de 2,7 por cento. O cumulativo de amostras subiu para 287.128 amostras, até à data.

As altas na quarentena institucio­nal, anunciou, foram sete, das quais três em Benguela, igual número no Moxico e uma no Namibe. Cumprem ainda o isolamento institucio­nal 300 cidadãos e 4.252 contactos são vigiados.

Casos assintomát­icos

O Ministério da Saúde reiterou que as pessoas que testaram positivo e que se encontram em isolamento domiciliar há mais de 21 dias, residentes em Luanda, devem procurar pelos serviços de testagem nas Direcções Municipais de Saúde, das 9 às 16 horas, de segunda-feira à sábado.

“Se for a primeira vez a fazer o teste, 21 dias depois, caso o teste seja negativo, deve-se fazer um segundo teste dois dias depois para completar dois testes negativos e só assim receber a alta epidemioló­gica”, precisou Franco Mufinda.

O objectivo, de acordo com o secretário de Estado para a Saúde Pública, é descentral­izar os serviços de testagem, no âmbito da gestão dos doentes assintomát­icos, assim como a melhoria no atendiment­o.

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JOÃO GOMES | EDIÇÕES NOVEMBRO

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