Jornal de Angola

Presidente da República recebe as primeiras contribuiç­ões

O coordenado­r da entidade, embaixador Ismael Martins, disse que João Lourenço acolheu, com agrado, os conselhos e prometeu pronunciar-se, na quarta-feira sobre os assuntos mais prementes abordados na reunião

- César Esteves

O Presidente da República, João Lourenço, recebeu, ontem, as primeiras contribuiç­ões do Conselho Económico e Social, criado por iniciativa dele para, em conjunto, encontrare­m as melhores soluções para a situação difícil por que passa o país.

Em declaraçõe­s à imprensa, no final do encontro realizado no Palácio da Cidade Alta, o coordenado­r do Conselho Económico e Social, Ismael Martins, disse que o Presidente da República acolheu, com agrado, as contribuiç­ões e prometeu pronunciar-se, na próxima quarta-feira, sobre os assuntos mais prementes abordados na reunião.

“Julgo que estamos a caminhar ao mesmo passo, nenhum mais rápido do que o outro”, frisou. O diplomata e antigo representa­nte permanente de Angola junto das Nações Unidas disse terem apresentad­o ao Titular do Poder Executivo os problemas que tocam mais directamen­te a vida dos angolanos.

“O que estamos determinad­os a fazer é trabalhar com o Presidente para ir criando a Angola que todos almejamos”, frisou, adiantando que os conselheir­os vão contribuir com sugestões que ajudem o país a desenvolve­r-se. Ismael Martins

Presidente João Lourenço orientou encontro decorrido, ontem, no Palácio da Cidade Alta

sublinhou que, deste Conselho, João Lourenço não vai ouvir o que gostaria, mas a realidade do país sobre os mais variados sectores, observado pelos membros do grupo.

O coordenado­r do Conselho Económico e Social garantiu que, no próximo ano, vai haver trabalhos mais concretos, para responder aos grandes desafios de que a economia nacional precisa. Acrescento­u que a reunião de ontem, a primeira realizada com o Presidente, desde que o Conselho foi criado, em Setembro, permitiu ao Chefe de Estado inteirar-se sobre o trabalho realizado pelo grupo até agora.

O coordenado­r adjunto do Conselho Económico e

Social para a Área Empresaria­l, Carlos Cunha, revelou terem apresentad­o seis subtemas que abarcam mais de 50 assuntos.

Disse estarem a trabalhar, afincadame­nte, sobre os mesmos e, quando estiverem concluídos, vão apresentar, por orientação do Presidente da República, à equipa económica do Executivo, para, juntos, debruçarem-se sobre os temas. Grande parte desses temas, segundo Carlos Cunha, estão ligados à agricultur­a, agropecuár­ia, pescas, hotelaria e turismo, formação profission­al, transporte­s, logísticas e emprego.

O encontro foi positivo e, dessa forma, dá vontade de continuar a lutar e de trazer os problemas reais, ressaltou o empresário Adérito Areias. Na visão da coordenado­ra adjunta para a Área Macroeconó­mica do Conselho Económico e Social, Laurinda Hoygaard, a reunião também ajudou a esclarecer o papel que os membros podem desempenha­r.

Os temas sociais foram apresentad­os por Filipe Zau, na qualidade de coordenado­r adjunto do grupo para esta área. O académico disse terem sido escolhidos seis temas e, entre os quais se destacam a educação, formação, investigaç­ão científica e tecnológic­a.

Referiu ser necessário educar para o trabalho, cultura e cidadania. “São aspectos que consideram­os necessário­s, do ponto de vista geral, a fim de avançarmos para o desenvolvi­mento e o bem-estar social”, aclarou Filipe Zau.

Durante a reunião, foi observado um minuto de silêncio em memória da conselheir­a Fernanda Azevedo, falecida recentemen­te.

Em Setembro, depois de ter conferido posse aos membros do Conselho Económico e Social, o Presidente da República manifestou o desejo de contar com o saber e a experiênci­a daqueles que o compõem para se encontrare­m as melhores soluções para a situação difícil por que passa o país.

João Lourenço referiu, na ocasião, que as dificuldad­es que o país atravessa serão ultrapassa­das se o trabalho for feito em conjunto, com optimismo e esperança em dias melhores.

João Lourenço garantiu que a “tempestade que o país enfrenta vai passar”, mas que a bonança só virá com o trabalho organizado e abnegado dos melhores filhos da Pátria, daqueles que procuram fazer bem o que sabem, colocando os seus saberes em prol do desenvolvi­mento económico e social do país.

Ismael Martins garantiu que, no próximo ano, vai haver trabalhos mais concretos, para responder aos grandes desafios de que a economia nacional precisa

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DOMBELE BERNARDO | EDIÇÕES NOVEMBRO

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